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Dia Nacional de Atenção à Dislexia

O que fazer se desconfiar que a criança possa ter dislexia

Psicopedagoga explica o que é dislexia, quando podemos perceber o quadro disfuncional, fala sobre sinais e sintomas

Viver bem  –  11/11/2021 20:38

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(Foto Ilustrativa)

É importante os professores estarem cientes sobre o transtorno

 

Luciana Brites   

Muitas vezes, quando uma criança tem dificuldade de ler, escrever e copiar do quadro pensamos que pode ser preguiça ou desinteresse pelo conteúdo ou pela escola. Mas é importante que pais, familiares, cuidadores e professores estejam atentos, pois, essa dificuldade pode ser dislexia. O dia 16 de novembro é conhecido como o Dia Nacional de Atenção à Dislexia. Mas você sabe o que é dislexia? 

Dislexia é um transtorno em que os primeiros sinais acontecem durante o desenvolvimento da criança, normalmente aparecem nas fases pré-escolar e escolar, mas em alguns casos podem ser observados antes dos 6 anos. Vale ressaltar que não é uma doença e, sim, um quadro disfuncional. 

De acordo com Associação Brasileira de Dislexia (ABD), trata-se de distúrbio de maior incidência nas salas de aula e atinge entre 5% e 17% da população mundial. O transtorno pode ser definido como se algumas áreas cognitivas que são acionadas no cérebro das pessoas estivessem mal conectadas.  

Alguns sintomas e sinais são atrasos de fala, problemas para lembrar e identificar letras e palavras, atrasos no vocabulário, na soletração e na memorização de processos verbais. As crianças apresentam também dificuldades psicomotoras e espaciais. Elas vão ter muita dificuldade para se alfabetizar mesmo mudando o método de alfabetização, e vão ter muita dificuldade em juntar letras e em entender aquilo que ela está lendo. 

Caso exista qualquer sinal de desconfiança, é recomendado levar a criança para uma avaliação multidisciplinar, ou seja, com uma equipe composta por fonoaudiólogos, psicólogos, pedagogos e médicos. A dislexia é identificada clinicamente, logo, não existe um exame que aponte uma alteração no cérebro ou um marcador biológico, por exemplo. É necessário que nos primeiros anos de vida sejam adotadas intervenções de remediação e de correção de atrasos de linguagem fonológica. 

Outra questão importante refere-se à sala de aula. Os professores devem estar cientes sobre o transtorno, para utilizar metodologias multissensoriais nas aulas, para ajudar no desenvolvimento do aluno. O docente deve tomar medidas adequadas de acordo com as características da criança para ensiná-la. Por exemplo, alguns disléxicos gostam de desenhar, então vale observar a característica de aprendizagem daquele disléxico. Com isso podemos ensinar de acordo com o interesse e com o que se tem de mais forte. 

> Luciana Brites é CEO do Instituto NeuroSaberautora de livros sobre educação e transtornos de aprendizagem, palestrante, especialista em educação especial na área de deficiência mental e psicopedagogia clínica e institucional pela UniFil Londrina e em psicomotricidade pelo Instituto Superior de Educação ISPE-GAE São Paulo, além de ser mestra em distúrbios do desenvolvimento pelo Mackenzie. 

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Por Assessoria de Comunicação  –  contato@olhovivoca.com.br

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