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Um Ato de Amor

Principais vacinas e reações em bebês

Vacinação protege de doenças e faz parte dos cuidados básicos; além disso, diminui o risco de a criança ficar doente

Viver bem  –  03/08/2022 17:46

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(Foto Ilustrativa)

A não vacinação pode resultar em doenças com consequências irreversíveis, inclusive graves sequelas neurológicas e problemas permanentes de locomoção e deficiências

 

Clay Brites

Ao nascer, o bebê tem poucas defesas para combater infecções e as vacinas são muito importantes, ajudam a estimular o sistema de proteção do organismo. Com isso, diminui o risco de a criança ficar doente, pois ela passa a ter menos chances de adquirir infecções severas as quais afetariam seu neurodesenvolvimento.

A vacinação infantil protege de inúmeras doenças e faz parte dos cuidados básicos. Durante o primeiro ano, o bebê tomará mais vacinas do que ao longo de toda a sua vida e historicamente essa medida demonstrou ser a mais eficaz para reduzir a mortalidade. Entretanto, alguns podem apresentar reações adversas, mas que costumam ter pouca intensidade e permanecem por um curto período de tempo.

Ao nascer, em 15 dias, deve-se tomar a BCG em dose única. Ela pode resultar em efeitos que podem ser locais e regionais, como úlcera local, uma ferida que pode demorar para cicatrizar e ter a presença de linfadenopatia regional (gânglios). A BCG quase sempre deixa uma cicatriz característica no local em que foi aplicada.

A vacina da Hepatite B deve ser aplicada ao nascer, aos 2 e aos 6 meses de vida. Suas reações mais comuns são dor, enduração local, febre nas primeiras 24 horas, fadiga, irritabilidade e desconforto gastrointestinal leve. Raramente ocorrem reações alérgicas graves. Na tríplice bacteriana, aplicada com 2, 4 e 6 meses, pode ocorrer febre baixa a moderada, irritabilidade, vermelhidão, dor e inchaço no local da aplicação.

Com 2, 4 e 6 meses, o bebê deve tomar a vacina contra a Haemophilus influenzae tipo B (HiB). Ela é dada em uma vacina combinada, a pentavalente. Sua aplicação pode levar aos mesmos efeitos colaterais da tríplice bacteriana, febre de até 39 graus e desconforto no local da aplicação. Com o mesmo tempo de vida, o bebê deve tomar a do Rotavírus. Essa pode trazer os mesmos sintomas da vacina da poliomielite. Também pode levar a febre, fraqueza, irritabilidade, perda de apetite e vômitos.

A poliomielite é aplicada com 2, 4 e 6 meses. Nesse caso pode ser o vírus atenuado, oral, e a VIP, de vírus inativo, injetável. Na injetável pode ocorrer vermelhidão, endurecimento e dor no local da aplicação e raramente febre moderada. Já a vacina oral, em geral, é bem tolerada, mas há chances de o bebê ter reações alérgicas, como urticária e erupções na pele com coceira. A Pneumocócica conjugada deve ser aplicada com 2, 4, 6 e 12 meses. Pode causar dor, edema, vermelhidão, nódulo no local da injeção e irritabilidade.

Aos 3, 5, 7 e 12 meses são aplicadas as vacinas antimeningocócicas. Na meningocócica conjugada as reações são edema, endurecimento, dor e vermelhidão no local; perda de apetite, irritabilidade, sonolência, febre e dor muscular. Na meningocócica B, as reações mais comuns são sensibilidade e eritema no local, febre e irritabilidade. As reações mais incomuns a essas vacinas são as de caráter neurológico, já a Síndrome de Guillain-Barré, neuropatias e crises convulsivas são ocorrências raras. Outros efeitos que podem acontecer são choro inconsolável, convulsões febris e anafilaxia. Caso tenha alguma dúvida, procure o pediatra da criança.

Para prevenir ou amenizar as reações faça compressa gelada na região por cinco minutos, três vezes ao dia, no dia da aplicação da vacina. Não faça massagem nem comprima a região da aplicação e hidrate o bebê.

Lembre-se de que por mais desconfortável que possa parecer, as reações são passageiras. A não vacinação pode resultar em doenças com consequências irreversíveis para a criança, inclusive graves sequelas neurológicas e problemas permanentes de locomoção e deficiências diversas. É um direito da criança ser vacinada. E vacinar também é um ato de amor. Vacinem seus filhos!

> Clay Brites é pediatra e neurologista infantil (Pediatrician and Child Neurologist); doutor em Ciências Médicas/Unicamp (PhD on Medical Science); integrante da Abenepi-PR e SBP (Titular Member of Pediatric Brazilian Society); integrante e palestrante do Instituto Neurosaber. 

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Por Assessoria de Comunicação  –  contato@olhovivoca.com.br

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