(Foto: Divulgação) 

Medalha concedida a este colunista no XX Concurso
Nacional de Poesias - Prêmio: Cipriano Jucá 

Este colunista foi premiado XX Concurso Nacional de Poesias - Prêmio: Cipriano Jucá. O importante certame contou com a participação de poetas de várias partes do país. Realmente é uma grande alegria e satisfação poder estar ao lado de poetas que levam a poesia a sério e se dedicam para que sua chama se espalhe cada vez mais... O idealizador e coordenador do concurso é Ari Lins Pedrosa. 

Em 1994, o poeta Ari Lins Pedrosa instituiu por meio da "Folha Notas Literárias" um concurso de poesias, em nível nacional, com o objetivo de divulgar, a cada ano, o nome e a obra de um poeta alagoano. Já foram homenageados: Jorge Cooper (1994), Sidney Wanderley (1995), Jorge de Lima (1996), Marcos de Farias Costa (1997), Carlos Moliterno (1998), Diógenes Tenório (1999), Arriete Vilela (2000), Guimarães Passos (2001), Anilda Leão (2002), Poetas Alagoanos (2003), Ambrósio Queiroz (2004), Marcos Tenório Lins (2005), Lêdo Ivo (2006), Alba Granja Medeiros (2007), Isvânia Marques da Silva (2008), Frei João de Santa Ângela Alagoas (2009), Sabino Romariz (2010), Rosália Sandoval (2011) e Aloysio Branco (2012). 

Este ano, a homenagem foi para o poeta Cipriano Jucá 

Cipriano Jucá nasceu em Maceió - AL (1886). Formou-se farmacologia na Faculdade de Medicina da Bahia. Foi professor do Seminário de Maceió, funcionário público e prefeito interino de Maceió. Como jornalista, colaborou em diversos órgãos da imprensa local e de São Paulo, onde passou os últimos anos de sua vida. Escreveu em colaboração com Menezes Júnior o livro "Oásis". Morreu em 1966. A maioria dos poemas de Cipriano Jucá foi criada em forma de soneto. E foi por conta dessa exaustiva produção que ele foi reconhecido por Agripino Grieco - um dos críticos mais ferrenhos do país - como um sonetista dos mais perfeitos. 

"Soneto Ícaro", de Cipriano Jucá: "Colhe as asas e voa...No infinito,/Onde há mais sol, mais luz e mais beleza,/ Não há quem possa te abafar o grito/ E nem da terra conserva-te presa.http://www.olhovivoca.com.br/ Voa! No alto é quem mora a Natureza;/O ar é mais puro; o sonho é mais bendito;/ Voa e conserva, sonhador, acesa/ A pira de tua alma de proscrito./ Louca temeridade a de quem voa!/ Deus, invisível, nos acoroçoa/ Nessa jornada para a perfeição./ Porém, se o sol, as asas te derrete;/ Se o desânimo acaso te acomete,/ Sobe sempre nas asas da Ilusão!”. 

> Texto extraído do livro "Literatura em Alagoas", de Simone Cavalcante. 

Veja mais sobre o concurso e a premiação. 

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Guardo e aguardo um poema 

Jean Carlos Gomes 

Guardo um poema aquecido,
Esquecido, empoeirado,
Entre os livros da estante da sala,
Ao som incessante da chuva forte que cai... 

Guardo um poema
Cheio das coisas peculiares,
Dos lugares inesquecíveis,
Da infância querida que não volta mais... 

Guardo um poema
Onde deixei as minhas primícias e heranças,
Na lápide intocável da minha memória... 

Guardo um poema
Ora objetivo,
Ora contraditório,
Verdadeiro, preferido... 

Guardo e aguardo um poema
Onde coloquei e colocarei:
O barulho rotineiro,
A tranquilidade rara
Nos morros íngremes,
As curvas constantes da minha Volta Redonda,
Lugar dos meus encontros e encantamentos!