(Fotos: Divulgação/Bravo)
A Farfulhero: Máquina de Música criada para o Nasce Uma Cidade
A magia do Nasce Uma Cidade está em cada pedacinho de sua construção. Uma das coisas que mais me encantam nesse espetáculo é a sua música. Todas compostas exclusivamente para o projeto, as letras das canções me fazem entender ainda mais esse universo que estou a cada dia mais envolvida e, confesso, não consigo ficar parada quando as ouço. O ritmo, a letra e o coro em geral me impressionam. Também não seria pra menos. Em um bate papo com o diretor musical Bianco Marques, entendi como foram feitas essas composições e mais uma vez vi como que essa galera manda muito bem no que faz.
O diretor musical do Nasce Uma Cidade, Bianco Marques,
orienta os participantes da oficina de música durante os ensaios
Como já citei aqui, este ano o espetáculo gira em torno da artista Clécio Penedo e, dessa forma, a música também. Compostas por Bianco em parceria com Rafael Crooz, elas são inspiradas na obra do artista, inclusive, obras plásticas que possuem frases que foram transformadas em canções. Ao todo são 13 músicas criadas nesses três meses.
Bianco manipula a Farfulhero, produzindo sons de inúmeras qualidades
Até aí já é muito legal, porém, pra mim, a melhor parte vem dos instrumentos utilizados. Eles são os mais inusitados possíveis, como, por exemplo, tubos de PVC, que são usados tanto como marimba ou como instrumento de sopro; garrafas de vidro; latinhas; ventilador, que é uma catraca; pedaços de ossos. E tudo isso fica disposto num carrinho, chamado Farfulhero, que acompanha todo o trajeto do espetáculo.
A Farfulhero em ação durante o ensaio da cena "Trupe da Cidade"
Esses instrumentos e sua sonoridade foram trabalhados e criados nas oficinas de música, toda terça-feira, das 14 às 16h, no Tulhas do Café, no Parque da Cidade. Ah, outra novidade é que nos dias do espetáculo, 11 e 18 de outubro, o público vai ganhar um livretinho com as canções para acompanhar e cantar junto.