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Cada Um Mais Lindo do Que o Outro

Figurinista do Nasce Uma Cidade trabalhou com Teatro Oficina e Teatro da Vertigem

Inara Gomide usa de tudo nos figurinos do espetáculo de BM; além de roupas doadas, muita coisa reciclada, como canudos

Colunistas  –  11/09/2014 21:00

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(Fotos: Divulgação/Bravo)

Algumas peças: Cocares confeccionados com canudinhos; os atores usarão na cena Timburibá 

Eles nos levam a conhecer e imaginar sobre o personagem. Alguns são cheios de brilhos e outros fazem transparecer sentimentos, movimento, posição social, épocas e lugares. E, assim, são os nossos figurinos do Nasce Uma Cidade, um mais lindo do que o outro. A figurinista e responsável por tudo isso e ainda pela confecção dos adereços para as cenas é Inara Gomide. Ela usa de tudo. Além de roupas doadas, é usada muita coisa reciclada, como canudos, que viraram cocares em que os atores irão usar na cena Timburibá.

- Minhas ideias vêm de experiências, de algumas técnicas simples que já vi expostas e até mesmo experimentos que faço de última hora - explicou Inara, durante um bate papo.

Ao todo são cerca de 800 peças para compor as sete cenas do espetáculo. Todas construídas com a ajuda dos 15 alunos da Oficina de Figurino e Adereços, do Sesi Cultural, ministrada por Inara e que acontece sempre às segundas e quartas-feiras, no Tulhas do Café, no Parque da Cidade.

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Inara na Oficina de Arte 440, no Tulhas do Café, no Parque da Cidade, em Barra Mansa

Inara é natural de São José dos Campos e veio trabalhar na construção do espetáculo após um convite do idealizador, Rafael Crooz. Aos 14 anos ela começou como bordadeira e a vida foi caminhando para que o teatro nunca mais saísse de seus planos. Participou de dois grandes grupos de teatro: Teatro Oficina, criado em 1958 durante a ditadura e considerado patrimônio cultural brasileiro por sua capacidade de autotransformação e resistência às constantes mudanças sociocultural e política do país. E o Teatro da Vertigem, que surgiu em 1991 como um projeto de pesquisa de linguagem da expressão que concretizou na peça "Paraíso Perdido". Eles são conhecidos por desenvolverem trabalhos em espaços não convencionais da cidade.

Inara não conhecia Barra Mansa antes do convite para participar do Nasce, mas revelou que não quer ir embora da cidade:

- Estou apaixonada. Não quero ir embora, aliás, acho que Barra Mansa vai ganhar mais uma artista. Essa é uma experiência muito rica. Ao mesmo tempo que ensino, aprendo muito com as oficinas.

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Por Luisa Ritter  –  salapreta@gmail.com

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