
(Foto Ilustrativa)
Evoluímos. Pouco, lentamente, mas evoluímos. Se houver futuro, mesmo que distante, ele será melhor e mais belo.
No dia 21 de maio, num jogo entre Valencia e Real Madrid pelo campeonato espanhol de futebol, o jogador negro brasileiro do Real Vini Jr. foi vítima de racismo por parte de torcedores do Valencia, fato que vem se repetindo reiteradamente nesse campeonato com o jogador que costuma reagir, como reagiu nessa partida, o que resultou na sua expulsão do jogo. “Vini é um macaco!”, gritavam os torcedores. O fato gerou indignação mundial. Menos no presidente da Real Federação de Futebol da Espanha, que afirmou que o jogador exagera em suas colocações.
Esse fato, o racismo dos torcedores, a reação do presidente da federação de futebol da Espanha, dos jogadores do Valencia, fez-me refletir sobre a condição humana. Por que nós, seres humanos, somos tão afins ao o que é vil e pequeno, inferior? Por que nossa condição tende a selecionar o que há de pior nos fenômenos possíveis?
Talvez eu esteja sendo muito pessimista, mas não creio nisso. Vejamos a condição do nosso planeta, cada vez mais degredado. O estado de infelicidade generalizado em que se encontram as pessoas, que procuram, procuram, e nunca encontram saída para o tédio, a solidão, a frustração. O que há de errado com nossa espécie? Por que fazemos as mesmas coisas dos mesmos jeitos e esperamos mudanças? O racismo é um dos grandes exemplos da inferioridade humana.
Caro leitor, quero lhe dizer que, se você, alguma vez na vida, já se fez essas perguntas, você não está só e, na verdade, o grande problema, é que, aqueles que deveriam estar fazendo essas perguntas não o fazem, pois estão satisfeitos consigo mesmos e, assim, o mundo continua o mesmo, pois esses são a maioria, infelizmente.
Assim então caracterizo a condição humana. Não basta dizer que somos imperfeitos. Somos seres inferiores, ainda distantes do ideal de humanidade que tanto sonhamos. Temos muito o que evoluir moralmente ainda enquanto civilização. Apesar de todo o avanço tecnológico, socialmente não mudamos muito, a ponto de estarmos à beira de uma Terceira Guerra Mundial.
Contudo, sou otimista, bem otimista. Até alguns séculos atrás a guerra era o principal meio de desenvolvimento, agora é o comércio e a guerra é uma exceção. Evoluímos. Pouco, lentamente, mas evoluímos. Se houver futuro, mesmo que distante, ele será melhor e mais belo.