(Fotos: Divulgação)
"Penso que a arte é uma coisa livre, que não pertence a uma única pessoa"
Nascida e criada na Cidade do Aço, Walmira, a Val, começou a mostrar que tinha talento ainda nova. Quando criança, produzia seus próprios brinquedos e modelava cidades nos barrancos de casa.
- Apanhava muito por roubar os cabelos de milho novo para por nas bonecas que fazia - lembra a artista.
Além do talento que nasceu com ela, aprendeu com outros artistas ao longo de sua vida e pôde adquirir técnicas e estilos. Aprendeu a desenhar, montar maquetes de papel, melhorou seus cortes de escultura e sabe recuperar qualquer peça quebrada.
- Costumo dizer que me alimentei de artistas. Desde a infância até a fase adulta, tive muitas experiências com pessoas que tinham alguma arte e queriam me ensinar algo novo - revela.
Com a maturidade veio o reconhecimento
Val já trabalhou com projetos vinculados a escolas e hoje tem seu próprio ateliê com um sócio. Ela e Carlos Elias trabalham com produção de peças para decoração de interiores e exteriores personalizados e confecção de artigos para festas, principalmente infantis. Eles firmaram uma parceria com dois outros artistas plásticos: Geraldo Terra (cerâmica) e Paulo Campos (decorador) e também ministram aulas no espaço.
Val tem uma peculiaridade: ela não assina seu nome nos trabalhos.
- Isso incomoda muito os meus amigos e durante muitos anos troquei várias vezes de assinatura - conta.
"Me causa desconforto assinar
algo do qual fui o veículo de uma
força maior como sendo meu"
Val e Carlos Elias firmaram parceria com dois outros artistas
plásticos: Geraldo Terra (cerâmica) e Paulo Campos (decorador)
Ela não tem vergonha do seu nome de batismo, Walmira, mas se apresenta apenas como Val - "Com V, por conta da numerologia". Ela assina com palavras diferentes, relacionadas ao seu estado de espírito, a signos ou a Deus.
- Penso que a arte é uma coisa livre, que não pertence a uma única pessoa. As ideias têm vida própria, várias pessoas diferentes podem pensar a mesma coisa ao mesmo tempo. Me causa desconforto assinar algo do qual fui o veículo de uma força maior como sendo meu - justifica.
> Atualmente ela assina Aiúnalla (aiún = olhos / alla = Deus, ou seja, olhos de Deus).