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Ruan Campos

ruan.campos@hotmail.com

Como Uma Travessia

Museu Vassouras inaugura Chegança, exposição coletiva com grandes nomes da arte brasileira

Mostra com curadoria de Marcelo Campos reúne obras icônicas de Tarsila do Amaral, Beatriz Milhazes, Rosana Paulino, Djanira, Efrain Almeida, Heitor dos Prazeres e Dalton Paula

Colunistas  –  03/12/2025 23:41

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(Fotos: Divulgação)

Walter Firmo

O recém-inaugurado Museu Vassouras abre oficialmente a sua programação artística no dia 6 de dezembro (sábado) com “Chegança”, uma exposição coletiva que celebra as tradições populares e as múltiplas vozes do Vale do Café, região onde está situado o museu. Com curadoria de Marcelo Campos e assistência curatorial de Thayná Trindade, a mostra mergulha na história do território a partir dos ritos e festejos, trajetos do trem, o Rio Paraíba e conexões culturais, do jongo, da Folia de Reis a figuras históricas. Em cartaz até maio de 2026, “Chegança” reúne aproximadamente 130 obras de mais de 60 artistas.

DJANIRA - Divulgação

Djanira

“Chegança” nasce como uma confluência de diversas pesquisas que o Museu vem promovendo no Vale desde 2019. A curadoria de Marcelo Campos articula, com sensibilidade e profundidade, a cultura da região - suas festas, folias, quintais, o trem, o rio e todo o conhecimento vivo desse território - em diálogo com um legado histórico social, ecológico e musical que influencia o Brasil inteiro.

- Reunimos artistas de todas as regiões do país cujas narrativas atravessam e ressoam com o Vale do Café, revelando a força, a diversidade cultural e a importância do intercâmbio entre os interiores do Brasil - celebra Catarina Duncan, diretora artística do Museu Vassouras.

- O conceito da exposição está ligado à ideia de travessia e chegada, à circulação de pessoas, saberes e práticas culturais que formam a identidade do Vale do Café. A exposição é construída como uma travessia em relação à própria região, muito pautada nos diálogos que tivemos sobre a área e nas escutas que fizemos com as comunidades locais - completa Marcelo Campos.

BEATRIZ_MILHAZES- Divulgação

Beatriz Milhazes

Entre os destaques está a tela “Figura Só”, de Tarsila do Amaral, de 1930 - uma presença simbólica que, segundo Campos, “estabelece pontes entre o modernismo brasileiro e as tradições que moldaram o imaginário da região”.

“Chegança” apresenta ainda artistas de gerações e abordagens distintas - como Aline Motta, Beatriz Milhazes, Rosana Paulino, Djanira, Walter Firmo, Efrain Almeida, Sonia Gomes, Heitor dos Prazeres e Dalton Paula -, explorando linguagens que vão da pintura e escultura à fotografia e instalações em vídeo, além de produções de artistas da região e trabalhos comissionados especialmente para o projeto.

KITTY_PARANAGUA - Divulgação

Kitty Paranagua

- Além das obras de artistas contemporâneos, também comissionamos trabalhos que se aproximam da região, como o Quilombo São José, e contemplamos produções indígenas, afro-brasileiras, folias, sambas e rituais populares - explica o curador.

Após seis anos de reforma, revitalização e restauro, o prédio secular que abriga o Museu Vassouras se transforma em um marco de preservação do patrimônio e revitalização cultural.

- O objetivo do museu é promover a cultura, a educação e o fortalecimento do território. Para alcançar esse objetivo, o engajamento e o pertencimento das comunidades do Vale no espaço são fundamentais - ressalta Catarina Duncan, diretora artística do Museu Vassouras.

RAFA_BQUEER- Divulgação

Rafa Bqueer

> Exposição: “Chegança”. Abertura: 6 de dezembro (sábado). Período: Até maio de 2026. Local: Museu Vassouras, Rua Barão de Tinguá, 57, Centro, Vassouras. Horário de visitação: de quinta-feira a domingo, das 10 às 18h. 

 

Por Ruan Campos  –  ruan.campos@hotmail.com

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