(Fotos: Divulgação)
Walter Firmo
O recém-inaugurado Museu Vassouras abre oficialmente a sua programação artística no dia 6 de dezembro (sábado) com “Chegança”, uma exposição coletiva que celebra as tradições populares e as múltiplas vozes do Vale do Café, região onde está situado o museu. Com curadoria de Marcelo Campos e assistência curatorial de Thayná Trindade, a mostra mergulha na história do território a partir dos ritos e festejos, trajetos do trem, o Rio Paraíba e conexões culturais, do jongo, da Folia de Reis a figuras históricas. Em cartaz até maio de 2026, “Chegança” reúne aproximadamente 130 obras de mais de 60 artistas.

Djanira
“Chegança” nasce como uma confluência de diversas pesquisas que o Museu vem promovendo no Vale desde 2019. A curadoria de Marcelo Campos articula, com sensibilidade e profundidade, a cultura da região - suas festas, folias, quintais, o trem, o rio e todo o conhecimento vivo desse território - em diálogo com um legado histórico social, ecológico e musical que influencia o Brasil inteiro.
- Reunimos artistas de todas as regiões do país cujas narrativas atravessam e ressoam com o Vale do Café, revelando a força, a diversidade cultural e a importância do intercâmbio entre os interiores do Brasil - celebra Catarina Duncan, diretora artística do Museu Vassouras.
- O conceito da exposição está ligado à ideia de travessia e chegada, à circulação de pessoas, saberes e práticas culturais que formam a identidade do Vale do Café. A exposição é construída como uma travessia em relação à própria região, muito pautada nos diálogos que tivemos sobre a área e nas escutas que fizemos com as comunidades locais - completa Marcelo Campos.

Beatriz Milhazes
Entre os destaques está a tela “Figura Só”, de Tarsila do Amaral, de 1930 - uma presença simbólica que, segundo Campos, “estabelece pontes entre o modernismo brasileiro e as tradições que moldaram o imaginário da região”.
“Chegança” apresenta ainda artistas de gerações e abordagens distintas - como Aline Motta, Beatriz Milhazes, Rosana Paulino, Djanira, Walter Firmo, Efrain Almeida, Sonia Gomes, Heitor dos Prazeres e Dalton Paula -, explorando linguagens que vão da pintura e escultura à fotografia e instalações em vídeo, além de produções de artistas da região e trabalhos comissionados especialmente para o projeto.

Kitty Paranagua
- Além das obras de artistas contemporâneos, também comissionamos trabalhos que se aproximam da região, como o Quilombo São José, e contemplamos produções indígenas, afro-brasileiras, folias, sambas e rituais populares - explica o curador.
Após seis anos de reforma, revitalização e restauro, o prédio secular que abriga o Museu Vassouras se transforma em um marco de preservação do patrimônio e revitalização cultural.
- O objetivo do museu é promover a cultura, a educação e o fortalecimento do território. Para alcançar esse objetivo, o engajamento e o pertencimento das comunidades do Vale no espaço são fundamentais - ressalta Catarina Duncan, diretora artística do Museu Vassouras.

Rafa Bqueer
> Exposição: “Chegança”. Abertura: 6 de dezembro (sábado). Período: Até maio de 2026. Local: Museu Vassouras, Rua Barão de Tinguá, 57, Centro, Vassouras. Horário de visitação: de quinta-feira a domingo, das 10 às 18h.

