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Literatura & Cia.

Jean Carlos Gomes

poearteditora@gmail.com

Olho no Olho

Hélio Rodrigues e o seu "Suposto amor"

Jovem escritor que desde os 3 anos mora em Volta Redonda acaba de finalizar o seu primeiro livro solo

Colunistas  –  02/09/2013 19:45

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(Fotos: Divulgação) 

"A energia mais pura que um mortal pode e poderá sentir é a presença de Deus"

Hélio Rodrigues é um jovem escritor que acaba de finalizar o seu primeiro livro solo, "Suposto amor", por sinal muito bem pensado e escrito. Natural de Chaval (CE), veio aos 3 anos para Volta Redonda com sua mãe, Maria de Lourdes Carneiro Rodrigues. Tem em sua formação o ensino médio completo e técnico em segurança do trabalho, sua profissão. 

- "Suposto amor" é uma historia narrada de uma maneira bem hilária e divertida relatando drama, romance e conflitos de três adolescentes envolvidos em um só amor, mas com diferentes pontos de visão. Aborda também sobre a rigidez com que a religião expõe sua opinião sobre as diferentes sexualidades - diz. 

Aos 11 anos leu os gibis da biblioteca do colégio, mais provavelmente quando despertou o gosto pelos primeiros autores de literatura, apegando-se com a imaginação fértil com interesse em participar de concursos de redação ainda no primário. Os seus autores prediletos, Machado de Assis, Eça de Queiros, William Shakespeare, foram os primeiros escritores por quem se apaixonou, devido à linguagem figurativa de narração. Mas é Shakespeare e Charles Chaplin em quem busca inspiração, por causa dos seus fortes pensamentos sobre a vida. 

Coletânea literária internacional e nacional 

No ano de 1999, pela Editora Valença, participou de uma coletânea literária internacional e nacional com o conto "A lenda do amor". Também no mesmo ano participou do festival de talentos do extinto colégio Plural, feito para toda região sul fluminense, obtendo o primeiro lugar com o poema "Amor: Uma fantasia sexual?". Atuou por algumas vezes como ator na peça teatral "Paixão de Cristo", realizada no Recreio, e em outros grupos teatrais por pouco tempo. Costumava frequentar asilos para dar atenção aos idosos na sua adolescência. 

O seu maior apreço é o domínio da prosa, narra a história como se estivesse conversando com o leitor, pois se preocupa com ele, estimulando-o a ler. Para ele, vida e poesia são coisas diferentes, apesar de muitas das vezes a vida nos inspirar a escrever, crê que a poesia é sussurro da alma. "No entanto, poesia é uma forma de expressar meus derradeiros sentimentos e de fugir da realidade, já a vida é simplesmente a realidade muita das vezes por nós negada", enfatiza, com sabedoria. 

Análise do cenário cultural 

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"A vida é curta demais para se viver com demasiadas preocupações"

Sem dúvida, a morte da princesa Diana Frances Spencer, a princesa de Gales - "São pessoas como ela que o mundo precisa mais" -, destaca que foi um acontecimento marcante. Salienta com ousadia e veracidade que infelizmente nossa obra literária é muito fraca, os autores têm pouca ajuda, pouco investimento da parte do poder público, poucos eventos. 

- Na cultura nosso país não tem muito do que se orgulhar porque quase não temos cultura e o pouco que temos não fazem questão. A educação ainda falta muito para melhorar, pelo que observo, estamos muito atrasados na educação em vista de outros países - comenta. 

Acha que a informatização é algo essencial em nossas vidas hoje, "mas os livros nunca poderão deixar de existir porque eles são como documentos, um meio mais seguro de se manter uma obra". As suas realizações se baseiam em torno das amizades, já as frustrações, procura não tê-las. "A energia mais pura que um mortal pode e poderá sentir é a presença de Deus", ressalta. "A vida é curta demais para se viver com demasiadas preocupações", completa. 

Atribui ao Universo os mistérios que estão além do nosso alcance, "pois a inteligência é um mundo indesvendável". E diz: "A morte é uma punição para os mortais apegados às paixões da Terra e vida eterna para os que servem a Deus". Um recado para os autores iniciantes? "Assim como eu: Nunca desistam dos seus sonhos, por mais que não acreditem em você, só você pode torná-los reais e duradouros". E sua frase ou pensamento de sua autoria (ou não) que usa como lema é: "A vida não é como um filme, o qual podemos escolher o gênero, e sim a vida é uma série de complexidades com apenas um objetivo: o de amadurecer com o passar da experiência". 

Confira o resumo da obra 

Relata a história de um adolescente criado com a ausência do amor da mãe, mesmo assim se torna alguém de coração nobre. Com a ausência desse amor, ele se refugia de sua dor em livros, na religião e na música, três fontes inspiradoras que lhe dão força para continuar a viver no percorrer de conflitos e tempestades que a vida lhe propõe. Seu caráter moldado por versos e pensamentos de grandes escritores o ajuda transformar desastres em bênçãos, o que lhe proporciona um lema, dando-lhe uma maturidade maior para sua idade. De caráter afável e espiritual, ele se torna exemplo de vida para amigos com seu dom de amor ao próximo, quando com atitudes nobres ele cativa e sensibiliza a todos. Sua luta começa ainda na adolescência, quando se apaixona por uma garota anos mais velha e que o trai, trazendo para si grandes conflitos sobre o amor, tornando-o incrédulo, iniciando a partir daí uma busca incansável por um suposto amor. Suas crenças e princípios se tornam fracos com a tragédia de família, quando é obrigado a aprender a conviver com a pobreza. Aos poucos ele é corrompido por novas experiências de vida, abandona sua fé e sonhos, desapegando-se de todos. Mas a vida lhe propôs duas novas escolhas, colocando em seu caminho dois novos amores. Uma inesperada paixão por sua amiga e por um forte laço de amizade e companheirismo por um amigo do subúrbio, que lhe ensina humildade e lhe propõe aventuras por ele nunca vivida. Dividido por sua fé em Deus,ele se vê em conflito em viver ou não esse suposto amor, iniciando uma batalha espiritual.

Por Jean Carlos Gomes  –  poearteditora@gmail.com

16 Comentários

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  • Fabio Neto

    Hélio parabéns pelo seu trabalho estou interessado em publicar um livro do mesmo tema que o seu: alguém que apesar da dor não se deixou levar por ela e gostaria de ler o seu trabalho. Te mandarei um e-mail para contato.

  • Hélio Rodrigues

    Quem me dera se fosse uma autobiografia isso só mas para frente. Esse livro é a realização de tudo que um dia eu queria fazer ou me tornar. É pura ficção.

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