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"The blacklist": trama é bem interessante e um prato cheio para os americanos

Série estreou em 23 de setembro nos EUA na rede NBC com bons números de audiência, mais de 12 milhões de espectadores

Colunistas  –  02/10/2013 22:01

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(Foto: Divulgação)

Ótimo: James Spader foi escolhido para fazer o vilão de "Os Vingadores 2 - A era de Ultron"

Das estreias badaladas da temporada a que mais me agradou até o momento foi "The blacklist". Quando soube que o protagonista seria James Spader tive certeza de que valeria a pena não perder essa. Confesso que ele é um dos meus atores preferidos em séries de TV, desde "Boston legal", onde ele teve um desempenho perfeito ao lado de William Shatner ("Jornada nas estrelas"). A dupla Alan Shore (Spader) e Denny Crane (Shatner) rendeu muitas risadas em situações bizarras, embora a série estivesse classificada na categoria drama. "Boston legal" (spinoff de "The practice") teve cinco temporadas e foi finalizada em 2008. No cinema não posso deixar de citar sua atuação no conhecidíssimo "Sexo, mentiras e videotape", de 1989. James que já emplacou 30 anos de carreira e aos 53 anos tem uma bagagem admirável no cinema e na TV, ganhou o Emmy de melhor ator em série dramática três vezes: 2004 por "The practice" e em 2005 e 2007 por "Boston legal", interpretando o advogado Alan Shore em ambas as séries. James tem uma facilidade incrível para interpretar papéis excêntricos e sabe dosar as nuances exigidas para a construção do personagem na medida certa, sem exagerar demais.

E assim ele mais uma vez se coloca diante das câmeras de forma impressionante. "The blacklist" estreou em 23 de setembro nos EUA na rede NBC com bons números de audiência: mais de 12 milhões de espectadores e 16.9 milhões no Live+3, que considera DVR e exibições online. A princípio foram produzidos quatro episódios, mas se os números continuarem nessa ordem é possível que se invista numa temporada inteira da série. E pelo que vi no piloto não vai ser difícil isso acontecer. A trama é bem interessante e o tema é um prato cheio para os americanos. 

Série só não emplaca se produtores
e roteiristas perderem o rumo
 

Drama policial com suspense na TV americana costuma agradar bastante. A série só não emplaca se produtores e roteiristas perderem o rumo e não conseguirem desenvolver o tema sem cansar. Mas tenho um palpite: não é esse o caso de "The blacklist". A produção é da Sony Pictures TV com a Davis Entertainment. O projeto tem assinatura de Jon Bokenkamp e ele teve a ideia de criar a série quando viu no noticiário uma matéria sobre a captura de Whitey Bulger, ex-informante do FBI, que na década de 90 foi acusado de ser responsável pela morte de 19 pessoas, além de lavagem de dinheiro, extorsão e posse de armas. Foragido da Justiça e considerado um dos criminosos mais procurados pelo FBI, ele foi capturado em 2011, aos 81 anos. Partindo disso, Jon Bokenkamp imaginou o que aconteceria se um homem como ele começasse a falar o que sabe. Os protagonistas lembram a relação de Clarice e Hannibal, do filme "O silêncio dos inocentes", mas até onde vai essa semelhança, é muito cedo para opinar.

A trama gira em torno de um dos homens mais procurados que decide se entregar ao FBI sem resistência, e para ficar melhor ainda se oferece para ajudar a capturar os bandidos tão procurados quanto ele, com quem trabalhou e, de brinde, também aqueles que ainda nem levantaram suspeitas da polícia federal dos EUA. Só que para entregar a "Lista negra", ele, Raymond Reddington (James Spade), exige trabalhar, digamos assim, com uma agente novata do FBI, Liz Keen (Megan Moore). O suspense começa quando Raymond Reddington, conhecido como Red, se dirige calmamente à sede do FBI, é identificado e preso. 

Personagens principais são ótimos,
têm forte presença e carisma
 

Os personagens principais Red e Elizabeth Keen são ótimos, têm forte presença e carisma, e são apresentados ao público de maneira clara e muito bem direcionada pelo criador Jon Bokenkamp. Red se formou marinheiro naval com honras, aos 24 anos, e alcançou alto posto do oficialato, até que desapareceu em 1990, quando saiu para uma visita familiar no Natal. Desse ponto em diante entende-se que ele se jogou com tudo no mundo do crime e fez história agindo pelo mundo inteiro, sem qualquer comprometimento com grupos ou governos.

A agente Elisabeth surge como recém-formada em Quântico e na minha opinião, não tem muita coisa diferente de outras personagens que já vimos por aí: tem fama de durona, não se relaciona muito bem com as pessoas, teve problemas familiares, não é nada modesta, mas é genial ao decifrar mentes criminosas. Pois é. Mas o diferencial vai depender do caminho que a série tomar. A princípio tudo leva a crer que os dois não tem qualquer ligação em suas histórias e as motivações de ambos não tem nada em comum. Mas aí é que vem a pergunta: Por que Red escolheu Elisabeth? E outra: Por que um dos criminosos mais procurados, sem chance de ser capturado, se entrega assim tão facilmente? Além de Red e Elizabeth, temos também entre outros personagens Tom (Ryan Eggold), marido da agente, que faz a linha marido "perfeito", mas parece esconder algo debaixo do tapete. 

Uma curiosidade 

James Spader foi escolhido para fazer o vilão de "Os Vingadores 2 - A era de Ultron", que deve começar sua produção em março de 2014. O diretor do filme, Joss Whedon, declarou que Spader era sua primeira e única opção para o papel de Ultron, o robô que dará trabalho ao Homem de Ferro e companhia. Espera-se que o ator não tenha impedimentos por causa do filme para dar sequência a seu personagem Red. "The blacklist" foi mais uma série que teve estreia quase simultânea por aqui. Tomara que isso se torne rotina. Você pode conferir "The blacklist" no canal Sony nas noites de terça, às 21h. 

> Clique & Confira: Canal Sony

Por Silvaninha Medeiros  –  silvaninhamedeiros@live.com

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