(Foto: Divulgação)
A poeta Elisa Flores, este colunista e o saudoso poeta Colbert Hilgenberg em
evento da UBE-RJ, realizado na memorável tarde de 25 de outubro de 2013 na ABL
Apesar de Colbert Hilgenberg ter morrido no ano passado, ainda em tempo, faço por meio desta coluna a minha singela homenagem a esse grande poeta, ou melhor, grande artista.
Colbert foi pianista concertista, maestro, compositor, participando do programa "O céu é o limite", de J Silvestre, onde atingiu o máximo desse limite, respondendo sobre Chopin. Na década de 50, recebeu como intérprete vários prêmios, inclusive a Medalha de Ouro em Concurso na Escola de Música da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Foi o mais novo professor catedrático dessa universidade e diretor da E. M. da mesma. Recebeu desde muito jovem, no Paraná, onde nasceu, e em vários estados muitos prêmios documentados por vários jornais.
Escritor de contos e poemas
Foi integrante titular da Academia Nacional de Música e da Internacional. Fez parte do Conselho Universitário da UFRJ por muitos anos. Foi professor de problemas brasileiros e de educação artística do Estado do Rio de Janeiro, professor da UniRio e da Escola Villa-Lobos. Foi advogado e professor de direito da Faculdade Cândido Mendes. Foi revisor da Marinha do Brasil, escritor de contos, poemas, ganhando Prêmio da UBE por seu livro "Quase sonata" pela diretoria dessa entidade literária. Escreveu vários artigos na "Revista da Academia Brasileira de Música".
Colbert Hilgenberg nasceu em Ponta Grossa, no Estado do Paraná, em 16 de setembro de 1933, e morreu na cidade do Rio de Janeiro, em 29 de novembro de 2013. Foi casado com Elisa Flores durante 51 anos, fora três anos de conhecimento e noivado.
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Paradoxo
(Colbert Hilgenberg)
Olhei o mar
e na profusão das ondas
vi-me submerso
em líquida verdade
Fixei o céu
e na suspensão das nuvens
senti-me alado
em etérea levitação
Voltei-me para dentro
e na complexidade do ser
encontrei-me vivo
em transe para a ascensão