
(Foto Ilustrativa/O que os Homens Pensam)
Muitas vezes, estar solteiro é uma simples fase,
uma questão de tempo, que pode servir como
um período de muita reflexão e evolução pessoal
A Constituição da República diz que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, e também afirma que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma senão em virtude de lei (caput e inciso II do artigo 5º da CF/88).
Deste modo, as pessoas nascem solteiras, e permanecem solteiras se assim preferirem. Ninguém é obrigado a firmar compromisso ou se relacionar seriamente. É o que está previsto em nossa Constituição (com outras palavras, é claro), um direito de todos! Mesmo que parte da sociedade tradicionalista cobre o matrimônio, agindo, inclusive, de forma preconceituosa com aquele que optou a viver exclusivamente consigo mesmo, não desejando selar um relacionamento sério.
Mas, quando falamos do ser solteiro, não deduzimos o mesmo que ser sozinho. O direito à solteirice é um estilo de vida que em nada proíbe o convívio social e a interação humana. Que fique claro: solteiro e sozinho não são palavras sinônimas. Solidão pode deprimir. Ser, estar, ficar ou permanecer solteiro pode te ajudar muito a sorrir! "Fundamental é mesmo o amor. É impossível ser feliz sozinho", assim escreveu e cantou Tom Jobim, sobressaindo que o melhor de tudo é o amor. E o amor brota em qualquer lugar ou situação. Todavia, se sentir sozinho é, realmente, triste, porém, este adjetivo não é característica típica da pessoa solteira. Existem muitos casados que se sentem sós.
E pouco importa o motivo para ficar ou permanecer solteiro. Seja por opção ou por falta de opção. Ou ainda pelo fato da rejeição: "Sou solteiro por opção. Opção delas", como escreveu Luiz Riva.
O importante é ser feliz! Disso sabia muito bem Oscar Wilde: "Os solteiros ricos deviam pagar o dobro de impostos. Não é justo que alguns homens sejam mais felizes do que os outros".
No entanto, muitas vezes, estar solteiro é uma simples fase, uma questão de tempo, que pode servir como um período de muita reflexão e evolução pessoal. Afinal de contas, a afirmação de Guilherme Assemany está certíssima: "Ser solteiro não significa que você não sabe sobre amor... significa que você sabe o suficiente, para não perder o seu tempo com qualquer pessoa".
Deste modo, é hora de apresentar uma poerídica (poesia jurídica) para alegrar e acalmar a vida dos que são/estão/ficaram/permanecem solteiros... e também para divertir a todos que exaltam bom humor!
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Direito à solteirice
Todo homem nasce livre
até que a morte o obstrua.
Se você escolheu se compromissar,
a culpa é sua!
Os casados e namorados
vivem uma liberdade condicional,
ou seja, continuam ainda condenados.
Enquanto os solteiros
vivem uma liberdade assistida
por aqueles que estiverem interessados.
Porém, às vezes,
por mais que o "compromisso" nos atice,
é sempre legítimo o direito à solteirice
em todas as idades e ocasiões,
em todas as fragilidades e corações.
É cabível a todos e a todas
sem prescrições.
Mas tudo é opcional.
Ninguém é obrigado
a ser igual.
Obrigado mesmo
a quem respeita
o desigual.
O direito à solteirice
origina-se
do direito à liberdade.
Este consiste em ir, vir e permanecer
onde quiser.
E aquele consiste em ser, estar, ficar
ou permanecer solteiro
onde der.
Solteiro
vem da palavra solto.
E solto
vem da palavra sol.
Então, o sol-teiro
veio pra brilhar
por inteiro.
Veio pra se sol-tar
de verdade.
Sol-teirar
à vontade.
Só inteirar
sua metade.
Mas, no fim,
o solteiro fica com quem
e pra quem
ele se rendeu.
Se eu ficar pra titia
é direito meu.
Ou é problema meu?
Bom... não sei, só sei
que a conclusão que se faz
é que ser solteiro é mais
que um estado civil,
é um estado de paz.