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Literatura & Cia.

Jean Carlos Gomes

poearteditora@gmail.com

Fez História

Saudades do jornalista e escritor Max Teixeira

Há 24 anos vinha lutando, sofrendo com sucessivas doenças; morreu com quadro de pneumonia, insuficiência respiratória e renal

Colunistas  –  25/09/2014 11:34

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(Fotos: Arquivo Pessoal)

Grebal/2009: O saudoso Max Teixeira autografando o seu livro
"Amor, verdadeiro amor e outros contos", em memorável noite

Guerreiro, Max Teixeira viveu 74 anos, e há 24 vinha lutando, sofrendo com sucessivas doenças: vasculite, câncer de próstata, infarto, hipertensão, diabetes, trombose e aneurisma cerebral. Morreu em 13 de setembro, com quadro de pneumonia, insuficiência respiratória e renal. Em 2013, foi personagem da coluna semanal "Gente Que Faz História", do jornal "A Voz da Cidade", e pôde contar aos leitores um pouco de suas obras e curiosidades de sua vida. 

"A gente vai vivendo cada dia uma história, novos momentos, e a gente tem que tirar proveito dela". (Max Teixeira

Moises Max Furtado Teixeira, natural de Minas Gerais (Minduri), residiu em Barra Mansa desde sua adolescência. Além de sua atuação na literatura, foi um dos mais antingos militantes da imprensa que ficou em atividade na cidade de Barra Mansa, tendo dado início à sua carreira em jornais na década de 60, atuando a partir daí como articulista, colunista, repórter, redator, revisor e editor. Prestou serviços durante anos para "A Voz da Cidade", onde assinava a coluna "Literaturando", abordando textos de escritores locais e nacionais. 

Seu início na literatura aconteceu quando lia uma revista do Rio chamada "Leitura", hoje extinta. Existia nela uma coluna de crítica de contos de autores inéditos, assinada por um escritor consagrado. Ao enviar um conto para essa revista recebeu um incentivo, de que tinha potencial, e devia prosseguir. Mandou outro conto e foi a mesma coisa, o que o motivou. A partir daí não parou mais. 

Seus autores prediletos: Drummond, Fernando Sabino, Luiz Fernando Veríssimo, Lygia Fagundes Teles, Ignácio de Loiola Brandão, João Ubaldo Ribeiro e muitos outros, com destaque para o fenomenal José Cândido de Carvalho.

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Amigo que deixou saudades: Max e este colunista em noite de autógrafos

Foi integrante do Grebal (Grêmio Barramansense de Letras), do qual recebeu a Medalha Olavo Bilac pelo seu conjunto de obra, em 2002, também das Academias Barramansense de Letras e de História. Conquistou prêmios literários em concursos e tem participações em coletâneas. É autor dos livros "Contos que a vida conta", editado em 1998, e "Amor, verdadeiro amor e outros contos", lançado pelo Grebal em 2009, e o manual "Normas de redação e estilo". O quarto livro ficou inédito.

Recebeu o Título de Cidadão Barramansense da Câmara Municipal de Barra Mansa em 1993 e o Título de Cidadão Benemérito do Estado do Rio de Janeiro, conferido pela Alerj (Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro).

> "Foram 54 anos ao lado deste homem maravilhoso, o melhor marido que alguém poderia ter. Não matava uma barata, de tão grandiosa era a sua alma. Fazia de tudo para não me aborrecer, às vezes eu me exaltava e ele sereno, falando manso, sempre na paz. Nem a dor da perda dos meus pais chega perto ao que eu estou sentindo agora, perdi meu companheiro, amigo e amor de toda uma vida". (Hermínia Quintas Teixeira)

> "Sem palavras. Difícil definir uma pessoa tão grandiosa como meu pai foi. Homem que não tinha inimizades, sempre de fala serena, pensador metódico. Professor no jornalismo, apaixonado pela profissão. E com o seu afastamento do trabalho, foi perdendo o seu brilho. Deixa um grande legado e referência". (Alex Teixeira)

> "Foi um herói, guerreiro, ótimo pai, cidadão de bem, grande profissional, marido, filho, vai fazer muita falta, não só para a família, mas para todos aqueles que o conheciam". (Érica Quintas)

Saiba mais sobre o saudoso amigo 

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Sarau no Mirante do Cruzeiro em Valença
 

  • Carlos Brunno declamando

  • Este colunista e demais poetas no Sarau em Valença

  • Rafael declamando

  • Vera declamando e Jô ao violão

  • Jô declamando

  • Este colunista declamando

  • João Ewerton

  • Adilson declamando

  • Juliana declamando

Sábado, 13 de setembro - Com apoio da Secretaria Municipal de Cultura de Valença, organizado por Leonardo Pançardes e Helen Farina, aconteceu o 1.º Sarau no Mirante do Cruzeiro, um dos pontos turísticos mais bonitos da cidade. 

Dentre inúmeros poetas participantes, a equipe do Sarau Solidões Coletivas, estavam lá: Raquel Leal, Juliana Guida Maia, Luana Cavalera, Paulo Roberto Gonçalves e Carlos Brunno. Também teve a apresentação de Cíbila Farani, representando o Clube Literário Palavras ao Vento; Beatriz Oliveira, organizadora do Sarau da Cia. do Livro; o secretário municipal de Cultura João Ewerton em uma apresentação musical com a cantora, compositora e musicista Jô; e a participação de escritores de outras cidades: Vera Marins, do Grêmio Barramansense de Letras – Barra Mansa; Rafael Clodomiro, do Projeto Literário ALira; Jean Carlos Gomes, poeta, editor e colunista de Volta Redonda; e do professor declamdor Adilson Pereira, de Pinheiral. 

O sarau marcou também a primeira declamação do poeta e professor Carlos Brunno acompanhado do violão de Jocely Macedo da Rocha, a Jô, que fez dupla com a saudosa Rosinha de Valença. O evento foi maravilhoso, aconchegante e a lua, apesar de estar minguando no céu, estava cheia de lirismo e emoção no Mirante do Cruzeiro!

Por Jean Carlos Gomes  –  poearteditora@gmail.com

1 Comentário

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  • Adilson Pereira

    Foi uma experiência muito boa ..poder participar do sarau de poesia e partilhar com outros o que temos, descobrindo o que podemos.....