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E.R. - Plantão Médico

A gênese (sem igual) de todas as séries médicas

Para comemorar seus 20 anos na América Latina, Warner Channel reprisa uma das produções de maior sucesso de todos os tempos

Colunistas  –  20/07/2015 11:57

Publicada em: 16/07/2015 (20:33:58)
Atualizada em: 20/07/2015 (11:57:17)

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(Foto: Divulgação)

"E.R." levou para a tela muito mais do que situações de emergências envolvendo a vida e a morte 

Silvaninha Medeiros e Yuri Calandrino 

Atenção: A coluna desta semana contém spoilers e é duplamente especial. Primeiro vou falar de uma das minhas séries preferidas e segundo, vou dividir essa alegria com meu querido amigo dublador e historiador Yuri Calandrino. O que segue foi feito com muito carinho para todos os fãs.

Para comemorar seus 20 anos na América Latina, o Warner Channel resolveu reprisar uma das séries de maior sucesso de todos os tempos: "E.R." ou "Plantão Médico". A série foi exibida entre 1994 e 2009 e, inicialmente no Brasil, pela TV Globo. "E.R.", criada pelo escritor que já morreu Michael Crichton ("Jurassic Park"), se tornou um marco épico que gerou um boom de séries médicas posteriores. A produção levou para a tela muito mais do que situações de emergências médicas envolvendo a vida e a morte. Desde o primeiro episódio acompanhamos toda uma rotina na vida de médicos e enfermeiros. Personagens icônicos, que ao longo das temporadas tiveram suas vidas e carreiras apresentadas e divididas com uma profunda cumplicidade junto ao público. 

Personagens que fizeram história 

Em "E.R.”, temos personagens que conseguem ser heróis e vilões ao mesmo tempo e, acima de tudo, humanos. Foi a primeira vez na história da televisão em que se viu o dia a dia de especialistas de várias áreas médicas. Foram 15 anos de série. É uma vida. E nesses 15 anos, viu-se de tudo. Estudantes se tornando residentes, residentes se tornando atendentes. Atendentes virando burocratas de administração. E burocratas de administração deixando a medicina de lado para seguir o sistema, dentro de um hospital do Estado, na cidade de Chicago. Nos EUA.

Neste especial dedicado à série, vamos destacar os personagens que se tornaram inesquecíveis, independente do tempo que permaneceram. Poderíamos falar de todos. Haveria e caberia espaço pra todos eles. Mas como essa coluna trará de volta a nostalgia para muitos fãs da antiga - fãs que não curtiram as mudanças ao longo dos anos (mudanças essas, inevitáveis) - optamos em falar da primeira geração de protagonistas.

# Doutor Greene - Começando pelo Doutor Greene (Anthony Edwards). Mark Greene é o médico que qualquer estudante de medicina gostaria de ser, e o médico que qualquer um de nós gostaria de ter como médico pessoal. Um cara tão apaixonado por seu trabalho, que acaba por se perder na vida familiar. Separação, dificuldades em lidar com a filha, disputas ideológicas e éticas no trabalho, o caso que poderia ter sido e não foi (infelizmente) com a amiga e colega médica Susan Lewis (Sherry Stringfield), o trauma sofrido ao ser espancado, um novo casamento, e a fatalidade do destino: um tumor no cérebro, que tirou o herói da série com cenas de uma emoção única. Se existe um personagem que representa todos nessa série é Mark Greene, até mesmo com sete temporadas produzidas sem sua presença.

# John Carter (Noah Wyle) - Também marcou. É lindo ver sua trajetória como um desengonçado estudante que chega a chefe da Emergência. Foi aluno de Peter Benton, com quem tinha uma relação de amor e ódio, que parecia mais um casamento e rendeu ótimas cenas. Seu momento mais dramático foi quando ele e sua jovem aluna Lucy Knight (Kellie Martin) foram esfaqueados por um paciente esquizofrênico. Seu vício em analgésicos e o trauma geraram situações em que todos do hospital se envolveram. Sua decisão em ser médico voluntário na África foi uma guinada na série muito criticada pelos fãs. Mas o grande destaque fica por conta de Carter passar a protagonista no lugar de Mark Greene. Inesquecível a cena em que ele assume o cargo e pega o estetoscópio de Mark.

# Susan Lewis - Também temos Susan Lewis (Sherry Stringfield), que enfrenta dificuldades em relacionamentos amorosos e vive às turras com irmã Chloe (Kathleen Wilhoite). Susan era carismática, ótima médica, e tinha seu amor platônico por Mark Greene. Na terceira temporada resolve se mudar pra Phoenix, deixando Mark e Chicago pra trás. cinco anos depois, ela volta. Com o mesmo carisma de sempre. A amizade com Mark, uma cumplicidade fraternal e única, vai até o fim, com cenas de uma sensibilidade incrível.

# Carol Hattaway - Uma das enfermeiras que tiveram participação decisiva na história foi Carol Hattaway, interpretada por Julianna Margulies ("The good wife"). Chefe da Enfermagem, logo no episódio piloto da série tenta suicídio. A última cena do piloto é impactante. Dinâmica, ativa e prestativa, viveu um romance conturbado com o pediatra Doug Ross. O desfecho dessa relação encerra a participação da atriz no final da sexta temporada.

# Doug Ross - E vamos falar de Doug Ross, que lançou George Clooney direto para os cinemas. O pediatra competente, lindo e mulherengo, e irresponsável, brigava como ninguém pelos seus pacientes, burlando toda e qualquer tipo de regra. Seus constantes problemas se davam por fazer sempre o que achava correto. Carismático, piadista, galã, George Clooney deu um brilho único nesse personagem durante seus cinco anos na série. 

# Peter Benton - E para fechar a galeria de personagens inesquecíveis de "E.R.", temos que falar do doutor Peter Benton (Eriq La Salle). O residente de cirurgia mais ousado de todos e extremamente competente. Foi carrasco do aluno John Carter, fez cirurgias e salvamentos incríveis que só ele poderia fazer. Personagem forte e marcante com uma interpretação perfeita de Eriq.

# Kerry Weaver - Tivemos também a vilã-heroina mais amada e odiada por todos desde sua chegada à segunda temporada, Kerry Weaver (Laura Innes). Sua personagem trouxe a homossexualidade feminina de forma natural na década de 90, onde o preconceito era mais arragaido que nos dias de hoje. A carismática Elizabeth Corday (Alex Kingstone) e o impagável vilão que fazia todos gargalharem de rir: Roberto "Rocket" Romano, o foguete (Paul MacCrane). Entre outros personagens marcantes, em temporadas posteriores, uma nova geração de médicos e enfermeiros chegou, como Luka Kovac (Goran Vinjisnic) e Abby Lockhart (Maura Tirney), e todos tiveram espaço bem dado e desenvolvido na trama, cada um a seu tempo. 

Um time de dubladores de primeira 

Vale lembrar que as cinco primeiras temporadas exibidas pela Warner estão sendo exibidas dubladas, com uma das melhores dublagens já feitas nos estúdios da Herbert Richers. A direção ficou a cargo de Angela Bonatti (que também dublou a Dra Kerry Weaver). No mais, destaque para Marco Ribeiro/Mark Greene, Marco Antônio Costa/George Clooney, a já saudosa Vera Miranda/Carol Hattaway, Alexandre Moreno/John Carter e o sempre brilhante Mauro Ramos/Peter Benton.

Motivos para assistir "Plantão Médico"? Todos! A série prende do início ao fim, mesmo com todas as suas mudanças. Quem já conheceu, reveja e nostalgie. Quem não conhece, aproveite e conheça, porque por mais que surjam novas séries médicas "E.R." é a gênese de todas e não tem igual. O canal Warner exibe os episódios de segunda-feira a domingo, na faixa das 13h. Até a próxima!

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Por Silvaninha Medeiros  –  silvaninhamedeiros@live.com

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