Publicada em: 09/10/2015 (16:45:41)
Atualizada em: 18/10/2015 (08:52:16)
(Foto: Divulgação)
Annalise (Viola Davis) é uma professora de direito criminal e advogada de sucesso; ao seu
lado ela tem um grupo de alunos escolhidos a dedo para atuar em sua firma durante um ano
Vamos para mais um destaque de peso do Emmy 2015 na coluna. Já tem um tempo que a novata "How to Get Away With Murder" está na minha lista de pedidos via e-mail. Mas por coincidência só consegui terminar a primeira temporada na semana da premiação. E nada mais oportuno do que este momento para falar sobre essa nova produção que teve uma audiência surpreendente nos EUA e está hoje entre as melhores séries da atualidade. Primeiramente vou falar da premiada. Consagrada como melhor atriz de drama, a competente Viola Davis, foi premiada logo em sua primeira indicação ao Emmy Awards. A imprensa mundial fez questão de destacar que Viola foi a primeira negra a ganhar o prêmio principal nesta categoria em 67 anos de existência do Emmy, e que a escolha foi política, pois a Academia Americana de Artes e Ciências Televisivas vinha sendo pressionada para premiar uma atriz negra.
Acho que independente de qualquer coisa ela (Viola) fez por merecer. Em seu discurso disse: "A única coisa que separa as mulheres negras das outras é a oportunidade. Não se pode ganhar um Emmy para papéis que não existem". Interessante é que, mesmo antes das críticas, a atriz já defendeu a si e suas colegas de maneira extremamente profissional. Viola Davis é nossa conhecida não só por suas participações em séries de TV como também por atuações no cinema em filmes como: "Código de conduta", "Kate and Leopold", "Traffic", e os excelentes "Dúvida" (ao lado de Meryl Streep e Philip Seymour Hoffman) e "Histórias cruzadas". Esses dois últimos lhe renderam indicações ao Oscar de melhor atriz coadjuvante e melhor atriz, respectivamente.
Confesso que estou ansiosa para conferir sua atuação como Amanda Waller, em "Suicide Squad", com estreia definida para agosto de 2016. "Esquadrão Suicida" é baseado no grupo homônimo da DC Comics, formado por grandes vilões das histórias em quadrinhos que foram condenados por seus crimes e são convocados para ajudar o governo dos Estados Unidos em troca da redução de suas penas. O grupo é chefiado pela personagem de Viola. O filme promete ser um dos maiores lançamentos do próximo ano e recordista de bilheteria. É viver para ver, ou melhor, assistir.
Voltando ao universo das séries... Eu sempre gostei das participações de Viola na franquia "Law & Order". E agora ela está em "How to Get Away With Murder" dando vida e uma energia impressionante a Annalise Keating, seu primeiro papel de protagonista neste segmento. Annalise é uma professora de direito criminal na fictícia Middleton University, na Filadélfia, e advogada de sucesso, que se empenha de todas as formas (legais ou não) para ganhar um caso. Ao seu lado ela tem um grupo de alunos escolhidos a dedo para atuar em sua firma durante um ano, onde competem por um troféu que poderá livrá-los de qualquer prova aplicada pela professora em sala de aula.
Esticada fragmentada cria o suspense
Todos se envolverem num crime que se arrasta como um grande mistério por quase toda a temporada. Achei um pouco chata essa esticada fragmentada até chegar no que realmente aconteceu com Sam Keating (Tom Verica/"American Dreams"), marido de Annalise. É certo que criou um suspense muito grande, apesar da chatice de se estender por tantos episódios. Mas é a opinião de uma pessoa extremamente ansiosa (eu) que quer logo chegar ao ponto pacífico da trama. Aliás, o que aconteceu com o rosto de Tom? Acho que o cirurgião plástico errou feio com ele, enfim...
Não podemos esquecer que tudo o que acontece na primeira temporada está diretamente ligado ao desaparecimento e assassinato de Lila Stangard (Megan West). Tem momentos que dá aflição ver as reações e transformações de cada um, à medida que o peso de um assassinato paira entre o grupo de alunos, professora e sócios. Os estudantes Wes (Alfie Enoch), Connor (Jack Falahee), Michaela (Aja Naomi King), Asher (Matt McGorry) - o único que não sabe de nada - e Laurel (Karla Souza) dão a impressão de que estão em um labirinto e cada um quer ir para um lado e influenciar a decisão dos outros num joguinho de nervos covarde.
Outra personagem envolvida com o grupo é Rebecca (Katie Findlay), que acaba por se tornar alvo da próxima temporada. Os sócios nada convencionais de Annalise, Bonnie (Liza Weil) e Frank (Charlie Weber), marcam presença em cada passo que se dá no emaranhado criado em torno do ocorrido com Lila e Sam Keating. Todos estão envolvidos literalmente. O último episódio é um presente para quem assiste à série. Impecável e sela o compromisso de que você não vai perder a segunda temporada por nada. Um detalhe que teve uma importância fantástica na primeira temporada: a participação de Cicely Tyson como mãe de Annalise. As cenas das duas são maravilhosas. Para mim as melhores.
Shonda Rhimes é a produtora executiva
"How to Get Away With Murder" tem Shonda Rhimes como produtora executiva. O que sem dúvida tem um peso excepcional, afinal, Shonda é hoje uma das maiores produtoras, cineastas e roteiristas da TV americana. Seu nome está em "Grey´s Anatomy", "Scandal" e "Private Practice", essa última foi spin-off de "Grey´s Anatomy" e finalizada em 2013, após seis temporadas.
A segunda temporada, que estreou nos EUA em 24 de setembro, terá outros mistérios, além de revelar finalmente como Bonnie e Annalise se conheceram e o que causou aquela relação horrível entre elas. Teremos também informações sobre o passado dos personagens. Annalise Keating não só rendeu um Emmy a Viola Davis, como também é a personagem que garantiu diversas nominações e uma vitória no SAG Awards de melhor atriz pelos nove episódios da primeira temporada que foram transmitidos no ano passado. Lembrando que a série tem 15 episódios, podendo chegar a 16 e não mais, por exigência da atriz. Ainda não tem data prevista de exibição da segunda temporada no canal Sony aqui no Brasil. "How to Get Away With Murder" é daquelas que você não pode perder. Até a próxima!
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