(Foto Ilustrativa)
Coisas da internet: Ninguém comentou;
ninguém se queixou; tô meio “deprê” por isso
Publicada em: 06/12/2015 (11:56:19)
Atualizada em: 10/12/2015 (10:47:01)
Anda chovendo tanto esses dias que eu reclamei no Facebook.
Choveram foram críticas pra cima de mim dizendo que as minhas reclamações eram absurdas diante a falta d’água nos reservatórios e toda a crise hídrica, alegando falta de consciência ambiental da minha parte.
Fui comentar então que o excesso de chuva ajuda a proliferar a dengue e lotar os hospitais com pessoas infectadas pelo mosquito, tanto na rede pública quanto particular.
Disseram que eu não sei o que é mofar numa fila de atendimento de emergência pública. Que quem tem plano de saúde deve levantar a mão para o céu.
Resolvi mudar de assunto e indaguei sobre uma preocupante reportagem que havia assistido com jovens rapazes que já assumem a responsabilidade de ser pai tão precocemente.
Um embravecido grupo de mulheres argumentou, à exaustão, que isso era fichinha pros homens, que mulher já nasce sofrendo a pressão ao ser educada para virar uma esposa dedicada, excelente dona de casa e mãe zelosa, e que ninguém sente dó delas ou se sensibiliza por carregarem o filho durante 9 meses com indisposições, dores, e que ainda tem de lutar pelo feminismo e direitos iguais na vida profissional e... (fiquei tão atordoado que me esqueci o restante dos argumentos delas).
Daí eu fui falar de emprego e dos salários atrasados dos servidores públicos.
Me esculacharam justificando que ao menos trata-se de um empregado, pior são os milhares que estão desempregados nessa crise.
Decidi então questionar a crise econômica em que o país se encontra.
Começaram me chamando de “playboyzinho de araque”, depois “petralha enrustido” e por último decidiram que eu era “coxinha”.
Tal palavra me abriu um baita apetite e tratei logo de matar a fome na padaria mais próxima.
Farto de polêmicas, postei uma foto da “iguaria” na minha timeline com a seguinte legenda:
“Saboreando e engolindo seus mi-mi-mis com essa deliciosa coxinha!”
E esperei pelos “sermões da montanha”.
Ninguém comentou. Ninguém se queixou.
Tô meio “deprê” por isso.
Acho que vou criar um post reclamando das reclamações alheias.
(História fictícia baseada numa queixa minha, certa vez, sobre uma incessante chuva.)
Beijos e abraços meus.
