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Reflexão

Política e religião

Sob o aspecto filosófico, as religiões têm muito a ver com a Política, já que esta deve ser a arte de administrar a sociedade de forma justa

Colunistas  –  19/09/2016 11:35

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(Foto Ilustrativa)

Almejar o bem comum é proporcionar a felicidade

natural a todos os habitantes de uma comunidade

 

O objetivo central da política é a obtenção do bem comum.

O bem comum é “um conjunto de condições concretas que permite a todos os membros de uma comunidade atingir um nível de vida à altura da dignidade humana”. Esta dignidade refere-se tanto às coisas materiais quanto às espirituais. Depreende-se que todo o cidadão deve ter liberdade de exercer uma profissão e aderir a qualquer culto religioso. Diz-se, também, que almejar o bem comum é proporcionar a felicidade natural a todos os habitantes de uma comunidade.

A corrupção, ou seja, o pagamento de propina para obter vantagens, quer sejam de ordem financeira ou tráfico de influência, deteriora a obtenção do bem comum, pois algumas pessoas estão sendo lesadas para que outras obtenham vantagens.

Lembremo-nos de que “todo poder corrompe e todo poder absoluto corrompe absolutamente”.

Lembremo-nos também da frase: “Ninguém há que, depois de ter acendido uma candeia, a cubra com um vaso, ou a ponha debaixo da cama; põe-na sobre o candeeiro, a fim de que os que entrem vejam a luz; - pois nada há secreto que não haja de ser descoberto, nem nada oculto que não haja de ser conhecido e de aparecer publicamente”. (S. Lucas, cap. VIII, vv. 16 e 17.).

A verdade, assim, não pode ficar oculta para sempre.
Deduz-se que aquele que não soube fazer esforços para se pautar corretamente no bem, sofrerá as consequências de suas ações.

Sob o aspecto filosófico, as religiões têm muito a ver com a Política, já que esta deve ser a arte de administrar a sociedade de “forma justa”.
Sem dúvida alguma é um intenso e profundo desafio para que trabalhemos pela evolução intelectual e moral da humanidade. 

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O “Cristão eleitor” ou “Cristão eleito” deve estimular a sociedade humana através do “voto Consciente”, a fim de que haja hábitos éticos, desenvolvimento da inteligência e elaboração de leis justas, em benefício de todos. 

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Não se trata este artigo de estimular ou não a participação da política partidária, nem também de afirmar que o espírita, evangélico, umbandista ou católico deve ou não deve participar, como membro atuante, de uma organização política.

Trata-se, simplesmente, de reconhecer o direito de que, como membro de uma sociedade, o cristão escolha, livremente, a sua contribuição para que as relações humanas sejam, progressivamente, melhoradas no sentido da paz, da justiça e do amor fraternal.

Somente quando o poder da inteligência for banhado pelo poder moral e ético é que conseguiremos atingir um mundo mais justo e mais de acordo com o bem comum, pois os que governam propiciarão sob todos os meios possíveis a felicidade da maioria. 

“Espírito algum construirá a escada de ascensão sem atender às determinações do auxílio mútuo”

Por Luiz Sérgio Teixeira Loques  –  luiz.loques@gmail.com

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