
(Foto Ilustrativa)
“Amarás o teu próximo como a ti mesmo”
“Mestre, qual é o grande mandamento da Lei?
Respondeu-lhe Jesus: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento”.
Este é o grande e primeiro mandamento.
O segundo semelhante a esse é: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”.
Desses dois mandamentos dependem toda a Lei e os profetas. Mateus 22:36-40
Essa afirmação de Jesus é sem dúvida um dos mais belos ensinamentos deixados pelo divino Consolador.
Esse questionamento feito por um Doutor da lei em tom provocativo tinha objetivo único, que era testar não os conhecimentos do Rabi e sim a sua condição moral.
Incrível que já se passaram mais de dois mil anos e nós ainda não aprendemos essa lição.
Na parábola do bom samaritano (Lucas 10:25-37), encontramos preciosas lições sobre o amor ao próximo. Um doutor da lei pergunta a Jesus: “Quem é o meu próximo?” (Lucas 10:29), ao que o Mestre assim responde:
“Prosseguindo Jesus, disse: Um homem descia de Jerusalém a Jericó, e caiu nas mãos de salteadores que, depois de o despirem e espancarem, se retiraram, deixando-o meio morto. Por uma coincidência descia por aquele caminho um sacerdote; quando o viu, passou de largo. Do mesmo modo também um levita, chegando ao lugar e vendo-o, passou de largo. Um samaritano, porém, que ia de viagem, aproximou-se do homem e, vendo-o, teve compaixão dele. Chegando-se, atou-lhe as feridas, deitando nelas azeite e vinho e, pondo-o sobre o seu animal, levou-o para uma hospedaria e tratou-o. No dia seguinte tirou dois denários, deu-os ao hospedeiro e disse: Trata-o e quanto gastares de mais, na volta eu to pagarei. Qual desses três te parece ter sido o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores? Respondeu o doutor da lei: Aquele que usou de misericórdia para com ele. Disse-lhe Jesus: Vai-te, e faze tu o mesmo.” (Lucas 10:30-37).
Na passagem acima, Jesus aponta que dois religiosos judeus evitaram auxiliar a pessoa em necessidade, porém um samaritano se dispôs a fazê-lo.
Lembremos que havia uma grande animosidade existente entre judeus e samaritanos.
Visando a ilustrar a necessidade de se fazer o bem, independente de credo religioso, Jesus utilizou a figura de um oponente ideológico dos judeus nessa parábola. Nosso próximo é, portanto, todo aquele em que esteja a nosso alcance auxiliar, e devemos fazê-lo sempre de forma incondicional.
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Nossa consciência não cobrará prodígios que beirem ao impossível, mas apenas fazer todo o Bem que podíamos.
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Jesus coloca o samaritano, considerado herético, mas que pratica o amor do próximo, acima do ortodoxo que falta com a caridade. Não considera, portanto, a caridade apenas como uma das condições para a salvação, mas como a condição única.
Notemos, também, que Jesus analisa o comportamento dos sacerdotes judeus e também o do samaritano, porém não tece quaisquer comentários sobre a pessoa ferida e que precisava de ajuda. Ela necessitava de auxílio, independente do porquê de assim se encontrar. Verifica-se, aqui também, a lição do auxílio incondicional.