
(Foto Ilustrativa)
A esperança tem sua própria luz a iluminar o
que as circunstâncias insistem em negritar
“Mais esperança nos meus passos do que peso nos meus ombros”... (Cora Coralina)
Esperança! Como criança, no constante balançar do pêndulo dos relógios, está constantemente a apontar para a possibilidade de resultados positivos, tão queridos, tão desejados... tão esperados... como criança, que não se cansa, está constantemente a cobrir os olhos com as mãos para não ver - e se deixar esmorecer - tudo o que o caminho está a emperrar.
Ela nasce lá nos solos mais inférteis, no meio de pedras do caminho, nos espinhos... ela surge lá onde os ventos sopram ao contrário... não segue dos homens o horário... não se importa com os contratempos... tem pra tudo o seu próprio tempo.
Ela aparece nas águas revoltas do mar... e, como uma onda do mar - que volta uma vez, outra vez, mais outra vez... sem importar com a força do mar de volta pro mar a lhe puxar -, ela reaparece, e os corações sempre reaquece.
Ela floresce ao cheiro das águas... e permanece mesmo depois de o sol se pôr... ela mantém seu próprio calor, nos ventos gélidos...
Ela tem sua própria luz a iluminar o que as circunstâncias insistem em negritar.
Ah minha doce e amada esperança, só uma coisa te peço: não deixe nunca a criança que em ti há, do mundo, da vida, da humanidade desacreditar.