(Fotos: Divulgação)

Alguns assuntos têm sido revistos, e alguns pensamentos mudados. Vimos e enfrentamos lutas constantes por um pensamento mais aberto, fora de padrões que remetem à exclusão. Hoje vamos abordar um assunto um tanto avançado, mas ainda precisando de uma mente mais aberta.

O que seria a beleza, o que é a beleza, o que explica a beleza? Bom, todas temos algo que chame a atenção, todas temos nosso próprio estilo, nossas características, nossa beleza, as mais variadas. A sociedade não é composta somente por uma determinada característica, ela é multi, ela é diversa, o que traz o encanto da nossa cultura, o que faz com que cada uma seja única, ainda que sejamos parecidas, cada uma é uma, e precisamos aprender a conviver com isso. Como se fosse algo difícil de aceitar, não é?

Por favor, quanto questionamento por bobeira, cada uma tem sua beleza, não existe só um tipo, e pronto! O que tem de mal nisso? Nada. O errado é da forma que muitos colocam, e faz com que algumas pareçam menores, inferiores, seja pela cor da pele, pelo cabelo, pelo corpo, pelo seu estilo... Enfim, já está mais do que na hora de expandirmos, de exaltar esses padrões de beleza que estão escondidos, quebrar essa diferença de vez. Existem mulheres maravilhosas que estão ocultas, que representam bem a nossa diversidade.

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Podemos ver no mercado da beleza quantas coisas foram criadas, quantos produtos lançados, quantas necessidades. Por quê? Porque temos as mais variadas mulheres, mas ainda assim encontramos por aí pessoas que insistem em priorizar somente um padrão que nos foi imposto há séculos. Essas mulheres que foram eleitas padrões não têm culpa, talvez algumas até se incomodem, e elas não têm que sofrer nada por isso, foi uma ideia comercial inserida na sociedade, que perdura de uma certa forma.

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Por exemplo, para arrumar uma vaga de emprego em empresa, algumas - não são todas - observam somente as características físicas, não olham num todo, capacidade, habilidade, competência, o jeito de se portar e tudo o mais que realmente se faz necessário para tal cargo. A aparência é importante, sim, claro, mas não é tudo.

Outro exemplo: Vemos alguns profissionais que só trabalham com determinado tipo de modelos, esquecendo, deixando de lado as outras. Conforme algumas pesquisas e relatos de modelos, em certas agências, a baixa, a de cabelo crespo, a plus size, a de aparelho nos dentes etc., na maioria das vezes, não têm chance, apesar de ter mercado para elas. Há agências, profissionais, que não arrumam, e não se esforçam para conseguir trabalho para tais modelos. Muitas das vezes até agenciam, mas têm as preferidas.

As que estão fora dos padrões que eles querem e determinam não têm vez, ficam sonhando, ficam com expectativas, gastam com books caríssimos, têm custos para conseguir alguns trabalhos, e não fazem nada. Apenas sonham e se entristecem pelas promessas de pessoas que no seu íntimo já não desejam fazer nada por elas. Essas, apenas servem para quê? Enfeite, gastar o que podem e não podem.

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Muito triste ver meninas, mulheres, se desdobrando para conquistar um sonho e pelo caminho encontrarem tantos enganos.

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Vemos mulheres com outras características que são consideradas “fora” desses padrões tradicionais participando de trabalhos, sim. Vemos, não podemos deixar de mencionar isso, mas não o tanto que gostaríamos, não o tanto que poderiam. A verdade é que nem que seja um tanto, ainda mascarado, existem preferências, mas o mundo é composto por várias mulheres belas, estilos, etnias diferentes, e de toda forma, isso é lindo!

Um basta total para isso! Todas são maravilhosas, plenas, a evolução da mulher tomou uma proporção grandiosa, e em cada parte notamos que opiniões são expressas, atitudes empoderadas, capacitadas, e mesmo com todas essas adversidades, aos poucos, vamos subindo os degraus da liberdade, conquistando um espaço digno na sociedade, e mostrando que a beleza não se trata somente de corpo, mas um conjunto de atitudes, de inteligência e, acima de tudo, aceitação, nos aceitamos do jeito que somos. Nos respeitamos e não queremos “pegar” a forma do outro para agradar ninguém. E se alguma porta se fecha por conta de padrões que na verdade não deveriam implicar em nada, nem fazer a mínima diferença, levantamos a cabeça, e continuamos nossa caminhada, abrindo nossos próprios caminhos, pois sabemos que encontraremos pessoas que terão o que somar conosco.

Um viva a nós, novas mulheres, que não precisamos nos diminuir para caber no mundo de ninguém.

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