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Literatura & Cia.

Jean Carlos Gomes

poearteditora@gmail.com

Autora Múltipla

Escritora Astrid Cabral realiza lançamento duplo

Enquanto - Jaula - valoriza a natureza e os animais, dando-lhes na literatura um espaço até então ignorado; em - Trasanteontem -, o leitor terá acesso a crônicas de tempos difíceis e pretéritos

Colunistas  –  30/05/2018 22:33

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(Foto: Divulgação/Oliani)

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"A poesia de Astrid emana de profundas vivências, espraia-se em banalidades-dores-delícias da vida em família, enreda-se nos problemas do ser, numa forma que sabe combinar refinamento e simplicidade"

(Anderson Braga Horta)

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Luiz Otávio Oliani 

Em 10 de maio, no PEN Clube-RJ, a consagrada escritora Astrid Cabral (homenageada no livro “Vozes de aço volume XVIII” em 2016 e também entrevistada) realizou um lançamento duplo: a segunda edição de “Jaula”, Editora Penalux, com orelha de Jair Ferreira dos Santos e prefácio de Igor Fagundes (UFRJ), e "Trasanteontem", Editora KD, 2017. Enquanto “Jaula” valoriza a natureza e os animais, dando-lhes na literatura um espaço até então ignorado; em "Trasanteontem", o leitor terá acesso a crônicas de tempos difíceis e pretéritos. Ou seja, Astrid Cabral é uma autora múltipla.

> Luiz Otávio Oliani é poeta, professor e integrante do Conselho Editorial da PoeArt Editora de VR 

Uma poesia ao mesmo tempo refinada e simples 

Anderson Braga Horta 

Astrid Cabral desceu do Clube da Madrugada para o Rio de Janeiro, formou-se em neolatinas; do Rio infletiu para o Planalto Central, onde integrou o primeiro grupo docente da Universidade de Brasília. Deixou-a em solidariedade aos colegas demitidos pela ditadura instaurada em 1964, sendo reintegrada em 1988. Nesse meio tempo, como oficial de chancelaria do Itamarati, serviu na nova Capital e no Rio, em Beirute e em Chicago. Viúva do poeta Afonso Félix de Sousa, com quem teve cinco filhos. Amazônide, com “alicerces raízes / ali na terra ébria d´água”, esses elementos estarão sempre vívidos em sua poesia; desde, aliás, a estreia com a prosa magnífica de “Alameda”. A partir desses contos impregnados de invenção e lirismo, passou a dedicar-se de preferência à poesia vazada em versos, na brilhante sucessão de “Ponto de cruz, torna-viagem”, “Lição de Alice”, “Visgo da Terra”, “Rês desgarrada”, “De déu em déu”, “Intramuros”, “Rasos d’Água”, “Jaula”, “Ante-sala”. A poesia de Astrid emana de profundas vivências, espraia-se em banalidades-dores-delícias da vida em família, enreda-se nos problemas do ser, numa forma que sabe combinar refinamento e simplicidade.

> Anderson Braga Horta é poeta, contista, ensaísta, tradutor e crítico literário
Este trecho faz parte do texto “Três notáveis poetas” (Olga Savary, Astrid Cabral e Gilberto Mendonça Teles)

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Por Jean Carlos Gomes  –  poearteditora@gmail.com

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