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Vamos maratonar?

Dicas de três produções brasileiras, e como bônus uma série britânica que traz uma pequena viagem à era Vitoriana

Colunistas  –  20/06/2019 18:49

 

Eu adoro maratonar séries e minisséries. Mais uma vez destaco na coluna produções brasileiras, e como bônus indico uma série britânica que traz uma pequena viagem à era Vitoriana, o período de um dos reinados mais importantes da Inglaterra. Decidi indicar produções brasileiras pelo fato de que o mercado nacional está crescendo e nos dando opções de qualidade, com bons roteiros e escolha acertada de elencos e direção. Nos últimos tempos tenho me dedicado às séries e minisséries brasileiras. Não é fácil se desvencilhar do formato de novela e/ou filme, mas aos poucos este cenário está mudando e abrindo espaço para todos os gêneros. Nossa lista tem três produções. 

Coisa mais linda

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(Fotos: Divulgação) 

Amo produções ambientadas nos anos 50. E com a magia do Rio de Janeiro como plano de fundo, a nostalgia do que não vivi fica perfeita. “Coisa mais linda” traduz esse cenário e sentimento. É claro que nem tudo é poesia, música e deslumbramento. A série traz a história de quatro mulheres e aborda temas que nos trazem reflexão, afinal até hoje são comportamentos, conceitos, preconceitos e ideias que incomodam e estão aí com praticamente o mesmo peso na sociedade. Fora isso, temos um cenário e locações maravilhosos, figurino perfeito, reconstrução de época cuidadosa e uma fotografia que faz tudo isso vibrar e nos transportar no tempo ao som dos primeiros acordes da bossa nova. São sete episódios e a segunda temporada estreia em 2020. No elenco temos Maria Casadevall, Pathy Dejesus, Fernanda Vasconcellos, Mel Lisboa, Leandro Lima e Ícaro Silva. “Coisa mais linda” é uma produção nacional original da Netflix.  

Amorteamo

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Essa minissérie é deliciosa de assistir e é para finalizar rapidinho, pois são apenas cinco episódios e com média de 39 minutos. Com ares do longa de animação “A Noiva Cadáver”, de Tim Burton, em “Amorteamo” temos drama, comédia, sobrenatural, romance e terror, com Recife no plano de fundo. Letícia Sabatella está maravilhosa ao lado de Jackson Antunes, Daniel Oliveira, Johnny Massaro, Arianne Botelho, Marina Ruy Barbosa, Maria Luiza Mendonça, Guta Stresser, Tonico Pereira, entre outros. As histórias se passam em duas épocas e a passagem de tempo ao invés de ser caracterizada por cabelos brancos, rugas e maquiagem de envelhecimento, é marcada pelo crescimento dos cabelos dos personagens. Para dar conta desse detalhe a equipe de caracterização criou trinta e seis perucas. É a vida rodeada pela morte em um trabalho artístico irretocável, com uma trilha sonora maravilhosa, que segue cada personagem, cada cena de maneira perfeita. Escrita por Cláudio Paiva, Guel Arraes e Newton Moreno e com direção geral de Flávia Lacerda, estreou em maio de 2015. Em 2017 a Globo reexibiu em formato de filme, o que descaracterizou a minissérie. Está disponível na Globoplay. 

Dois irmãos

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É uma adaptação magistral do livro do amazonense Milton Hatoum, que em 2003 ganhou o Jabuti, o mais importante prêmio da literatura brasileira. O roteiro escrito por Maria Camargo é fiel à obra de Hatoum sem deixar espaços ou descaracterizar personagens e situações. A produção faz parte do projeto Quadrante, que leva a literatura brasileira para a TV em formato de minisséries. Além de “Dois irmãos” (2017), já foram exibidas “A pedra do rei” (2007) e “Capitu” (2008). Com direção geral e artística de Luiz Fernando Carvalho, a minissérie foi considerada pela crítica como uma contribuição de alto valor cultural para a televisão brasileira. Alguns críticos por sua vez torceram o nariz para o estilo teatral e poético apresentado, mas Luiz Fernando Carvalho seguiu por esses caminhos propositalmente e acertou em cheio. No elenco temos Cauã Reymond, Eliane Giardini, Antônio Fagundes, Juliana Paes, Bruna Caram, Emílio Orciollo Netto e Ary Fontoura, entre outros, formando um elenco completamente afinado. A história do ódio entre os gêmeos e suas terríveis consequências chega ao telespectador através da narração do personagem Nael, toda tirada do livro. A minissérie contribuiu para que as vendas do livro aumentassem cerca de 500%. “Dois irmãos” está disponível na GloboPlay. 

Victoria

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Histórias de reis e rainhas são em geral encantadoras, por despertarem toda a magia que reside no imaginário da maioria das pessoas. “Victoria” não foge à regra e traz uma narrativa bem leve e harmoniosa da vida de uma das rainhas mais importantes da Inglaterra e da história do mundo. Seu reinado que durou 64 anos, chegando ao século 20 (1837 a 1901), foi o segundo mais longo da história e ela subiu ao trono aos 18 anos. Victoria é tida como a rainha mais amada da história dos ingleses. Na série da BBC temos principalmente um retrato do grande amor que uniu a rainha e seu primo, príncipe Albert. Eles se casaram em 1840 e tiveram nove filhos. Além desse amor que já foi retratado em filmes, documentários, livros e agora nesta adaptação, acompanhamos também os acontecimentos mais relevantes que marcaram a era Vitoriana. Mas não exija muito de si e da história. Como já disse tudo é colocado de maneira leve e sonhadora, bem nos moldes de contos de fadas. Jenna Coleman (rainha Victoria) e Tom Hughes (príncipe Albert) são perfeitos um para o outro e você vai se apaixonar pelo casal. Destaco também a participação marcante do veterano Rufus Sewell como Lord Melbourne, amor platônico da rainha. São três temporadas com 19 episódios que vão passar mais rápido do que você possa imaginar. 

Até a próxima!

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Por Silvaninha Medeiros  –  silvaninhamedeiros@live.com

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