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Rolê

Arte e sofisticação nas baladas

Maior quantitativo de jovens, porém, menor número de agitos

Colunistas  –  02/12/2019 23:04

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(Foto Ilustrativa)

 

As danceterias dos anos 80, 90 e primeira década do ano 2000, dentro de suas propostas temáticas e visão ofertaram contribuições, mas é momento de agregar novidades

 

Goiânia é uma jovem, estabelecendo opções para rolê na noite. Trocando ideias com amigos que viveram a juventude, assim, como eu vivi, nos anos 90; é fácil perceber o ciclo das boates num período de tempo no espaço. Muitas casas noturnas encerraram atividades de lá para cá, em contrapartida, a população cresceu. A prefeitura informa o surgimento de quase 200 novos bairros, nos últimos dez anos. Maior quantitativo de jovens, porém, menor número de agitos.

Puxando memórias saudosas; enumero baladas marcantes na história goiana, cito: Babilônia, Cosy, Studio 5, Number One, Swingers, Pulse Club, House Gardem, Jump, Paradox, It´s... tem mais: Eclipse, Eagles, Fiction, Café Cancun, Acapulco, Zoom, Athenas, Casanostra, Total Flex, Diablo, El Club, Pop House, Sedna, Royal e Disel. Não coincidiram em funcionamento simultâneo. A boate precisa se reinventar de tempos em tempos. O cliente pede repaginação. Mas, no arremate geral, estamos carentes de casas noturnas. Atualmente, quando alguém pergunta, quais as principais baladas da Capital, ocorrem dificuldades em apontar. O segmento é dinâmico, e vive de ciclos, tanto o público LGBTI+, quanto o heterossexual, estão à espera de inovações. Espaços seguros e luxuosos.

Goiânia possui localização geográfica estratégica, e comporta boates disponibilizando várias pistas, melhores aparatos tecnológicos direcionados ao atendimento de público refinado, e espaços alternativos. É importante para a economia local, geração de renda, emprego e socialização. O cliente não aceita mais do mesmo! As danceterias dos anos 80, 90 e primeira década do ano 2000, dentro de suas propostas temáticas e visão ofertaram contribuições, mas é momento de agregar novidades. É normal as casas de shows abrirem e fecharem com certa periodicidade, àquelas que sobrevivem por mais de três anos são consideradas tradicionais. Mas há casas noturnas resistentes a modismo e ao tempo. Residi quase dois anos, em São Paulo, observei que lá sobressaem as festas itinerantes, disputando frequentadores com as boates instituídas. Frequentei a The Week, nascida em 2004, percebi dinâmicas extremamente automatizadas, e investimento em atrações culturais de maneira efetiva. Propiciando, além de boa curtição, a experiência diferenciada com pluralidade artística. Bar ostentando conceito atraente e descolado, em termos de estrutura, gastronomia e drinques. Incitando a irreverência e a intimidade.

Boate Disel - Lady Gaga (Telephone) 2013, veio em minha mente, neste instante. O ritmo marcou ótimas noitadas. Os setores Oeste, Marista e Sul, por estratégia, sempre abrigaram grande número de boates. Fui cliente assíduo, também, da antiga Eclipse (2000 - 2011). Algumas casas, com estilo underground, se dedicavam ao rock, outras ao forró e tecnobrega. As demais à música eletrônica, ritmos sertanejos e ao axé. São elementos especiais no imaginário dos goianos pós 30 anos de idade. O som, a iluminação, as vozes, os entorpecentes, os beijos, as brigas e a ressaca, se estendendo à segunda-feira lendária. Goiânia é dotada de condições para abrigar novos paradigmas, referindo as casas noturnas, no nível da A.F.A.I.R e The Week, por exemplo, recebendo DJs internacionais. Existe público com bala na agulha, o goiano aprecia e cola em points evidenciadores de qualidade e sofisticação. 

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Por Ronaldo Marinho  –  ronaldomarinhodesousa@gmail.com

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