
(Foto Ilustrativa)
É essencial ressaltar que o brasileiro não é idiota, e nem tão ordeiro, como prega a elite dominante, em discursos de manipulação ideológica
O modelo econômico brasileiro não abraça as minorias, e nem excita a justiça social. Em outubro de 2019, o mundo testemunhou efeitos nocivos de omissões idênticas no Chile. No ápice das manifestações populares, o país apresentava excelente Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). O Exército foi convocado para conter os protestos contrários à concentração de renda e atos de corrupção.
Que a má compreensão de contextos e revisionismos macabros não turvem a visada de discernimento. Amigos, não nos enganemos. “Do pau vai cair a folha, aqui, também!”. A péssima distribuição das riquezas, o custo de vida alto, o sucateamento do ensino público estão acumulando no copo, e transbordarão, em breve. A sociedade hostilizada não se acovarda; insurge. A história comprova. Temos exemplos: Guerra de Canudos, Revolta da Chibata, Quilombo dos Palmares, Guerrilha do Araguaia, dentre outros. O derramamento do sangue de cidadãos visionários fomentou o atual patamar de civilidade. O Estado e as Forças Armadas não conseguem deter a população estourada. No Chile, a gota d´água foi 0,15 centavos de aumento, no valor da tarifa do transporte. Aqui, pode ser o próximo ataque com achincalhamentos, partindo do presidente Jair Bolsonaro.
A paz e o desenvolvimento de nossos vizinhos são fundamentais ao bem-estar interno. Ultimamente ocorrem ebulições em cadeia, nos arredores. Conflitos em territórios de governos de direita e esquerda. Convulsões na Venezuela, Colômbia, Bolívia e no Uruguai. A população, ciente de seus direitos, reivindica dignidade, em forma de emprego, educação, transporte, saúde, habitação e segurança.
A repressão não acalma multidões, e a anarquia não pode prevalecer. Diálogo franco e combate aos privilégios, sim. Atitudes voltadas à igualdade de oportunidades e reformas: agrária, política, administrativa e tributária consolidam as democracias. É essencial ressaltar que o brasileiro não é idiota, e nem tão ordeiro, como prega a elite dominante, em discursos de manipulação ideológica. Os estudantes, as lideranças sociais e instituições devem voltar os olhos ao regime político. Ronda a romantização do autoritarismo como solução para progresso e felicidade geral. Neste ano, temos eleições municipais, é imprescindível muita pesquisa, antes de decidir o voto. Dele, depende a vitalidade da democracia.