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Rio Corrente

Existencialidades

Das metamorfoses do meu existir

Colunistas  –  19/01/2020 10:39

9115

 

(Foto Ilustrativa)

Viver é construir, se destruir e em seguida se reconstruir

 

acordo
todos os dias
outro. 

não sou
mais quem
fui. 

na vida,
tudo flui
e mesmo quando
não concordo
e insisto
no viver a esmo,
e ao fluir
resisto,
a vida segue
seu rumo. 

eu existo. 

não sou
mais o mesmo. 

sou outro,
me arrumo,
me transformo
lentamente. 

na vida,
que é rio corrente,
ninguém muda
de repente,
tudo acontece,
como num bailar,
paulatinamente. 

viver é
construir,
se destruir
e em seguida
se reconstruir. 

vivo
minha meta
por amor...
às vezes em
profunda dor. 

são muitas
metamorfoses. 

quem sou? 

não sei quem sou.
sei apenas que posso ser
qualquer um,
sem necessidade
alguma de me destacar,
apenas ser
uma existencialidade
qualquer e no mundo estar
em comunhão com o uno,
com a suprema realidade. 

esse sou eu:
um indivíduo que caminha
sem qualquer apego ao destino
e menos ainda ao caminho,
apenas um caminhante,
um poeta errante,
um filosofante. 

sou rio que passa,
água que evapora,
que não para,
que vive o agora,
se transforma,
que se molda,
mas nunca se
conforma. 

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Por Giovani Miguez  –  giovanimiguez@gmail.com

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