
(Foto: Carlos Figueiredo/CineBook Produtora)
Mell é uma esmeralda em processo de avançada lapidação
Gostaria de indicar (mais que isso!), de pedir a você que me lê, que procure pela escritora mineira, de Esmeralda, Mell Renault, autora de “Patuá” (Coralina, 2019) e “Flor de Sal” (Penalaux, 2020). Falo de uma poeta como há muito eu não encontrava no panteão das grandes poetas brasileiras. Com perdão, é claro, a Cecília Meirelles, Cora Coralina, Adélia Prado e Elisa Lucinda, minhas eternas divas da poesia brasileira.
Para o bem da poesia, Mell Renault existe. Trata-se daqueles pedágios poéticos obrigatórios e necessários. Conheci Mell e seu trabalho pelas redes sociais ao acaso, por "culpa" do algoritmo. Foi paixão à primeira vista. Sua poesia inebriou-me a tal ponto que tive que ler “Patuá”, não por mera curiosidade, mas por dever poético. Poesia mineira, mas contemporânea, suave no ritmo e intensa na profundidade de suas analogias, metáforas e referências.
Ler “Patuá” foi como dançar com as palavras e se deixar ser conduzido pelas curvas do verbo, pelo bailar da poesia e ainda encantar-se com a simplicidade dos poemas. Não cansa. Não decepciona. É apaixonante.
Mell dialoga em sua obra, inclui-se aí os incríveis plaquetes poéticos que divulga, com Ana Cristina Cesar, Ferreira Gullar, Hilda Hist, Manoel de Barros e uma safra preciosa de poetas lusófonos. Falo de um diálogo sutil na forma, profundo no conteúdo e original, como ela, na essência poética que encerra.
Travo diariamente contato com a poesia desta mineira de Esmeralda diante da coleção de pedras preciosas que é a poesia brasileira. Digo sem medo de errar: Mell Renault é uma esmeralda em processo de avançada lapidação.
Acabo de receber seu livro “Flor de Sal” e prometo que este ganhará uma modesta resenha aqui na coluna, pois é impossível não ler esta mineira com o devido encantamento.
Clique aqui e conheça o trabalho de Mell Renault.
Eu garanto que valerá cada verso, cada estrofe, cada suspiro.