(Fotos: Arquivo Pessoal)

Sábado que passou, 29 de agosto, foi dia de passear pela natureza ainda quase intocada

 

Quando se vem do Norte do país em demanda ao Rio de Janeiro numa viagem noturna de avião, ao passar sobre Resende, ele começa a perder altitude. Então, se vê algo tocante. Buquês de luzes aparecem em meio à escuridão: Porto Real e Quatis, Barra Mansa e Volta Redonda, o pequeno Dorândia, depois Barra do Pirai. Damo-nos conta de que no Sul Fluminense, diminuto pedaço do Brasil, entre habitações humanas há uma vastidão de terra onde a natureza ainda é quase intocada. Esse é o domínio dos caminhantes e ciclistas.

Nessa coluna contaremos as aventuras desses homens e mulheres que deixam o cotidiano frustrante de suas vidas para palmilhar trilhas, estradinhas e trilhos estreitos. Vou levá-los para a sombra fresca dos bambuzais, para a beira de cachoeiras soltando gotículas no ar e andaremos ladeando pastos e serranias. Duvido que isso não deixará marcas em seu coração. Mas quero mesmo instiga-lo a deixar o conforto de sua poltrona para ver se descortinar ante seus olhos a beleza de nosso mundo.

Neste sábado que passou, 29 de agosto, passamos uma porteira e se abriu diante de nós uma estradinha em meio a um vale entre morros e colinas. Um lago refletindo o céu invernal todo azul parecia um espelho de uma princesa gigante. As matas, resquícios da grandiosa floresta Atlântica que dominava a costa do Brasil, mostravam verdes de todas tonalidades. Logo, deixamos o chão limpo e pisamos a grama e o capim baixo de uma estradinha muito pouco usada. Começamos a subir, o coração batendo em um ritmo mais forte, os pulmões puxando o ar sem poluição e as pernas fazendo força para vencer a subida. Logo, vimos os prédios e o casario de Volta Redonda à distância. O mundo estava a nossos pés e o céu bem acima de nossas cabeças.

Quer vir conosco na próxima vez? 

________________________________________________________