
(Foto Ilustrativa)
Janine e Marli tentaram matar a aranha que corria com rapidez pela parede
Janine, a avó do Albertinho, decidiu pintar o apartamento. Ligou para sua filha Marli. A filha, muito carinhosa, disse:
- Mãe, você pode morar na minha casa enquanto pintam seu apartamento.
Janine juntou suas coisas, colocou numa mala, pegou um táxi e foi morar por um tempo na casa da filha.
Na terceira noite na casa da filha, Janine entra no quarto e acende a luz. Gritos de terror. Uma aranha! Uma aranha!
Janine e Marli tentaram matar a aranha que corria com rapidez pela parede. Até que a filha bateu nela com a vassoura, e a aranha caiu no chão, ao lado da cama. Antes de conseguir matá-la, o aracnídeo escondeu-se embaixo da cama. Albertinho observava com olhos arregalados.
- Eu não durmo neste quarto... - falou Janine para a filha.
- É muito perigoso, mamãe...
- Sim, prefiro dormir na sala.
Rafaela pegou lençóis, cobertor e travesseiro e ajudou a mãe a acomodar-se no sofá da sala.
No dia seguinte, às sete horas da manhã, Daniel, o pai de Albertinho, que trabalhava em horário noturno, chega com um colega para tomar o café da manhã. Deixa o carro na garagem e falando sobre assuntos da empresa entra na casa. Escuta um ronco semelhante a uma serra cortando uma árvore e dá alguns passos em direção ao sofá. Observa a sogra - sem entender porque ela invadiu a sala. A sogra ronca estrondosamente abraçada ao travesseiro, e com uma perna fora do cobertor.
Olhou para o colega, encabulado.
- Ela não tem quarto para dormir? - perguntou Lourenço.
- Tem... Não sei o que aconteceu... - respondeu o pai de Albertinho.
Nesse momento desce a escada Albertino ainda de pijama azul e com carinha de sono. O menino apressou-se a explicar a situação:
- Minha avó tem quarto, sim senhor, só que ontem à noite ela lutou com uma aranha. Lutou e perdeu. Então, a aranha ficou com o quarto e minha avó teve que dormir na sala.
- Este menino vai ser escritor - disse Lourenço, rindo.