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Desejo de Renovação

Democracia e a esperança pelo novo

A democracia também se encontra enferma; questiona-se sua capacidade de promover governabilidade e uma permissividade em garantir direitos e liberdades

Colunistas  –  04/10/2020 20:39

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(Foto Ilustrativa)

Cabe a nós a responsabilidade de cultivar um solo fértil para uma democracia mais saudável e verdadeira

 

Começo esta nova troca de ideias, formulando a seguinte observação: Normalmente, quando fazemos referência à prática democrática ou ao sistema de governo próprio da democracia, soma-se um desejo de renovação. De mudança plena e positiva. Um sentido de esperança por algo novo que possa trazer mudanças bruscas e promotoras de um bem comum para todos. Infelizmente, a promessa pelo novo, quando participamos do pleito democrático, muitas vezes se encontra frustrada exatamente pela persistência de práticas velhas e perniciosas, disfarçadas de novidade, mas que mantém exatamente os vícios da corrupção e do proveito privado e ilícito do representante eleito para um determinado cargo, utilizando-se da legitimação e representatividade que recebeu dos seus eleitores, prometendo ser o implementador de algo novo. Melhor do que o anterior.

Ainda estamos passando por um processo de crise da saúde, da economia e da política, por causa da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), e teremos o pleito para prefeitos e vereadores.

A democracia também se encontra enferma. Questiona-se sua capacidade de promover governabilidade e uma permissividade em garantir direitos e liberdades. Não por acaso, há discursos apontando como sendo um bom remédio a aplicação de formas mais autoritárias de governar, que possam determinar ordem e menos corrupção.

Penso que com todos os seus defeitos, aliás, próprios de nós humanos que constituímos modos de governo e sistemas políticos para organizar as sociedades, que a democracia é o sistema de governo passível de sempre permitir que tenhamos a oportunidade de manter a esperança pelo novo ou ao menos aspirar por mudanças positivas.

Em realidade, cabe a nós a responsabilidade de cultivar um solo fértil para uma democracia mais saudável e verdadeira. 

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Por Rogério Luís da Rocha Seixas  –  rogeriosrjb@gmail.com

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