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Cidadania e Civilidade

Conscientização, vacinação e imunização

Irresponsáveis e insanas aglomerações em bares e praias demonstram uma falta de total consciência cidadã e de solidariedade

Colunistas  –  06/10/2020 19:30

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(Foto Ilustrativa)

Enquanto não nos vacinamos ou imunizamos, seria muito importante se recebêssemos uma vacinação de conscientização, para nos imunizarmos contra a irresponsabilidade, a indiferença e o desrespeito

 

O título desta nova troca de ideias denota o sentido de um agir ou um fazer, a partir do sufixo “ação”, presente nos três termos relacionados. Obviamente, o tema a ser aqui exposto, se refere à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), que persiste em nosso cenário nacional e também no mundial. Inicia-se então, a primeira reflexão quanto às “ações”. A conscientização por sua vez, que pretendo expor inicialmente, passa pela ação responsável e consciente quanto à nossa conduta em tempos de uma pandemia, que já demonstrou ser mais do que um mero resfriado.

Não posso falar com muita segurança a respeito de outros estados ou cidades, mas em meu Estado e mais especificamente na capital, onde resido desde nascido, atesto que em grande parte, meus concidadãos não estão agindo com consciência. Pode-se indicar, por exemplo, o uso incorreto das máscaras. E o mais grave: o não uso dessas por parte de pessoas que transitam pelas ruas.

Aponto outro fato lamentável, decorrente do afrouxamento das medidas de contenção e pela insuficiência de fiscalização oficial: as irresponsáveis e insanas aglomerações em bares e praias, demonstrando uma falta de total consciência cidadã e de solidariedade, pois tamanha ação desmedida expõe toda uma população a riscos desnecessários, no momento em que a nossa situação permanece bastante delicada e inspirando cuidados.

Ora! Indubitavelmente, torcemos muito pelo surgimento de uma vacina que possa nos libertar de vez do corona. Mas a ação de se vacinar deve ser também consciente e esclarecida, segundo padrões científicos. Não pode ser pautada pela negação, desconfiança ou ideologias, evitando o agir em se vacinar. Ao mesmo tempo, não podemos nos deixar levar pela sensação de que a vacina funcionará como um remédio comum, que alguém toma uma certa dose numa segunda e na sexta-feira já acredita que venha a se sentir melhor.

Neste ponto, entra em cena a imunização, que partindo do ato de vacinar-se desenvolve-se em um processo com tempo mais longo, para criação da proteção eficaz contra o vírus. Deve-se ter em consciência que a vacina não atua de modo semelhante a uma poção mágica. Contudo, enquanto não nos vacinamos ou imunizamos, a partir da presença de uma vacina, seria muito importante se recebêssemos uma vacinação de conscientização, para nos imunizarmos contra a irresponsabilidade, a indiferença e o desrespeito para com o cuidado da saúde e da vida do corpo social, visando um agir de acordo com as indicações para controle da pandemia.

Enfim, uma vacinação tanto de cidadania quanto de civilidade. 

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Por Rogério Luís da Rocha Seixas  –  rogeriosrjb@gmail.com

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