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Compromisso

Meu reino por uma vacina

Devemos valorizar o reino da vida; trocar reinos pueris, individualistas e egoístas por uma vacina que seja comprovadamente eficaz e segura

Colunistas  –  21/12/2020 20:23

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(Foto Ilustrativa)

Eficácia e segurança já estão confirmadas sobre algumas vacinas presentes no campo de batalha; é a chance de viver

 

Certamente os amigos que gentilmente cedem algum tempo para a leitura e reflexão a respeito dos temas colocados nesta troca de ideias devem ter concluído que este que escreve enlouqueceu. Bem! Ainda não de todo! Permitam-me tentar expor onde pretendo chegar. Inicialmente, com o título desta matéria, estou parafraseando com todo respeito uma célebre frase de um personagem famoso do poeta, teatrólogo e escritor inglês William Shakespeare. O personagem é Ricardo de Gloucester, que ficou conhecido como Ricardo III, que intitula uma das obras mais famosas de Shakespeare. A frase proferida na obra foi: “Meu reino por um cavalo”, quando Gloucester desesperadamente pede por um cavalo, para poder escapar, após ser derrotado em uma batalha final.

Então, semelhante a Ricardo III, creio que a maioria de nós, em todos os escalões sociais, desejamos escapar de uma vez por todas da ameaça da Covid-19. Contudo, diferentemente do personagem, nós desejamos a vacina não apenas para escapar, mas sim para principalmente vencer.

Porém, penso que para alcançar a vitória, devemos nos livrar ou entregar os nossos reinos que nos cegam e confundem: o medo, a vaidade, a ignorância, a ideologia, a politicagem, os interesses individuais, etc. Devemos valorizar sim o reino da vida. Eu troco meus reinos pueris, individualistas e egoístas por uma vacina que seja comprovadamente eficaz e segura, algo que já se encontra confirmado sobre algumas vacinas presentes no campo de batalha, pela chance de viver: viver o eu com os outros. Assim, não precisamos escapar, mas sim devemos enfrentar o inimigo.

Tal compromisso penso que pode visar a construção de um reino coletivo de solidariedade para constituir, quem sabe, formas de convivência e sociabilidade mais saudáveis e humanizadas.

Deve-se destacar ainda que Ricardo III era um tirano que só se importava com seus desejos, interesses e ambições. Devemos sempre buscar nos libertar de qualquer tipo de tirania, mesmo que sejamos nós os tiranos de nós mesmos. 

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Por Rogério Luís da Rocha Seixas  –  rogeriosrjb@gmail.com

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