(Foto Ilustrativa)
Pensar diferente é normal, mas querer que coisas ruins aconteçam com quem diverge de seus pensamentos é algo extremamente doentio
Temos torcedores fanáticos por seu time ou aqueles que ninguém nem sabem para quem torce, mas quando essa “paixão oculta” ganha, o torcedor sai da toca e veste a camisa, surpreendendo quem nem sabia para quem torcia essa pessoa.
Um caso recente e até motivos de memes nas redes sociais é o Botafogo que venceu a Libertadores da América e na mesma semana o Campeonato Brasileiro e ocorreu isso: torcedores brotaram do nada com a camisa e festejando a vitória. Talvez devido ao tempo em que não ganhava, merecia, e muito, comemorar.
E, além desses fanáticos, que torcem e, muitas vezes, saem no tapa com as torcidas adversárias e não respeitam o resultado dos jogos, ainda existem aqueles que “desejam o mal” e até a morte de quem pensa diferente, não tendo o menor respeito pela vida do outro, desde que sua vontade prevaleça, mesmo sendo através de crimes ou ódio no coração.
Acabamos de vivenciar isso a respeito da internação do presidente Lula e a extrema-direita postando sua morte e o “desejo do mal” para que não tivesse alta ou que logo passasse o cargo ao vice-presidente Geraldo Alckmin. Como pode alguns desses agirem assim, em detrimento do próprio país e suas crises e consequências, apenas pelo discurso que difere do seu ou mesmo porque seu candidato perdeu as eleições, não aceito até hoje por uma parcela alienada da população.
Esse “desejo do mal” faz mal à vida de quem possui essa condição. Porque pensar diferente é normal, mas querer que coisas ruins aconteçam com quem diverge de seus pensamentos é algo extremamente doentio e caso até de internação psiquiátrica.
Os “torcedores” reais que vibram e se entristecem com a vitória ou derrota de seu time é algo muito salutar e até uma competição saudável. Já quem não pode encontrar com o outro com camisa de time adversário porque já cria confusão e brigas e até usa armas contra esses, pode ser algo que ultrapassa todos os limites da racionalidade, transformando esses seres humanos em verdadeiros animais selvagens.
Aproximando o fim do ano, observamos que familiares não estão lidando bem com as diferenças. E essas extrapolam o pensar divergente que é normal e tem passado de uns anos para cá a uma convivência impossível de acontecer, transformando tudo num rinque de lutas onde todos querem que suas ideias sejam vencedoras, não admitindo perder nem no discurso.
Como disse Maquiavel, “Tornamo-nos odiados tanto fazendo o bem como fazendo o mal”. E esses muitos tem agido, sem remorso e achando ainda estar o mais correto possível.
Vale muito a frase dita pelo ator do cinema-mudo Charles Chaplin, “Creio no riso e nas lágrimas como antídotos contra o ódio e o terror”. Tanta coisa melhor que disseminar o ódio e seu discurso, como espalhar a alegria e o riso por onde passamos.
Mahatma Gandhi deixou uma reflexão de muito valor que é algo necessário à vida: “O amor de um único ser neutraliza o ódio de milhões de seres”. É melhor amar do que odiar. Só faz bem e olha melhor aquém a todos à nossa volta.
E, então? É melhor ter uma torcida do contra, normal de quem realmente vibra por seu time, transformar isso num “desejo do mal” de alguém de ideias distintas, preferindo a morte a esse à sua volta, no menor sinal de passar à sua frente?
Um forte abraço do Rofa!