
(Foto Ilustrativa)
Quem vive reclamando de quase ter feito isso ou aquilo parece os “murmuradores da vida” e reclamam, reclamam, mas por culpa deles mesmos não saem de onde estão
Alguém já reparou o quanto uma palavrinha é muito utilizada, mas poucos se dão se conta da importância de seu significado? Estou falando do famoso e tão usada (e abusada): quase.
Quantos a usam como se fossem qualquer coisa, sem se dar conta de sua abrangência absoluta: “Eu quase consegui um emprego, mas na entrevista fui reprovado”. Viu como há uma brutal diferença entre o conseguir em trabalho e continuar desempregado?
“Eu corri bem, mas no final alguém me alcançou e me passou e ganhou”. Estamos falando aqui de um competidor que venceu e outro que disputou, foi alcançado e perdeu.
“Eu disputei as eleições e por pouco não ganhei”. Há uma diferença entre esse quase ter ganho algo, pois não aconteceu e o outro ganhou, ainda que por poucos votos.
“Eu ia fazer algo, não fiz e por isso não obtive êxito”. É a preguiça que faz essas coisas. Pensa em fazer, não se levanta, não faz e permanece no mesmo lugar.
Eu conheço pessoas que fazem uma fezinha no “jogo do bicho”. Uma sonhou com um animal e pediu alguém que fosse jogar para ele, dando dinheiro. O indivíduo que era bebum esqueceu e não jogou. O que aconteceu? No dia seguinte deu exatamente àquele bicho e quem sonhou ficou agoniado pensando ter ganho. E quando descobriu, o dito-cujo confessou que não jogou e, assim, ele quase ganhou. E que diferença nessa situação é a de ter recebido um dinheiro bom a mais...
E mais clássica: “Hoje saí de casa, quase fui atropelado e quase morri”. Gente, que diferença gritante entre “quase morrer” e morrer de verdade. Se pessoas precisam parar de utilizar essa expressão sem pensar mil vezes e “hiperbalizar” essa figura e linguagem chamada hipérbole do exagero. Nem toda hora cabe um quase desses. Afinal, morrer ou não com uma simples palavra não é bem assim.
É necessário que passemos a agir mais, ao pensar em fazer algo e não nos entreguemos à preguiça de deixar de lado e colocar em ação para que possamos sair do lugar e viver muito mais do que como um quase para termos a vitória real e completa.
Quem vive reclamando de quase ter feito isso ou aquilo parece os “murmuradores da vida” e reclamam, reclamam, mas por culpa deles mesmos não saem de onde estão, como se tudo se resumisse em culpar os outros ou dizer que quase conseguiram vencer.
Vamos levantar, andar, agir, caso contrário, não chegaremos a lugar mais adiante, mas estará sempre onde sempre esteve. Quem não passou pela experiência incrível de conseguir alguma coisa e lá na frente olhar para trás e nem saber como chegou tão longe? Nesse caso houve empenho, rompimento do estado estático para que objetivasse algo a vencer.
O que, então, prefere em sua vida, além de quase conseguir, quase ganhar, quase viver? Não é melhor ter no seu interior algo que o motiva a nunca estar parado e não deixar os sonhos morrerem e, sim, ativá-los no modo turbo para que cheguem à realidade?
Sonhe, reflita, levante-se da cadeira, vá em frente em busca de uma vida melhor em todos os sentidos e nunca mais viva uma vida de quase...
Um forte abraço do Rofa!