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Rofa Rogério Araújo

rofa.escritor@gmail.com

Metáfora

As aparências enganam como um iceberg

O ser humano tende a ser muito imediatista e não querer se aprofundar num relacionamento que não pareça ser algo nada promissor

Colunistas  –  28/04/2025 17:50

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(Foto Ilustrativa)

Conhecer além da “ponta do iceberg” vale nos mais variados aspectos da vida cotidiana, tanto pessoal quanto coletiva

 

Certamente alguém deve ter visto a respeito da chamada “teoria da ponta do iceberg”, uma metáfora que sugere ser apenas uma pequena parte de um problema ou situação visível, enquanto a maior parte está oculta, semelhante a um iceberg, onde a ponta que emerge do mar representa o que é aparente e a vasta base submersa, o que não é. 

A expressão “ponta do iceberg” surgiu para ilustrar que nem sempre se vê o todo de uma situação e, sim, pode ser apenas uma pequena parte de algo muito maior e mais complexo. 

Essa metáfora é utilizada em diversas áreas, como:

. Comunicação: para indicar que algo pode ter mais profundidade do que se percebe inicialmente;
. Psicanálise: Sigmund Freud utilizou o iceberg para representar a mente consciente (a ponta) e o inconsciente (a parte submersa);
. Negociação: para destacar que aspectos invisíveis, como objetivos e estratégias, podem ter um impacto maior na negociação do que os aparentes;
. Pensamento Sistêmico: em alguns casos, o modelo do iceberg é usado para ilustrar como eventos observáveis podem ser explicados por padrões subjacentes, estrutura e modelos mentais;
. Inovação: Para entender que a inovação é um processo complexo que envolve aspectos visíveis (como produtos e serviços) e invisíveis (como cultura, processos e liderança); 
. Cultura Organizacional: a teoria do iceberg de cultura e comportamento, por exemplo, pode indicar que os comportamentos visíveis são o resultado de padrões mais profundos que precisam ser identificados. 

Uma importante avaliação a respeito dessa expressão está na maneira o quanto tratamos um indivíduo apenas pelo que este aparenta ser à primeira vista, mesmo não o conhecendo com maior profundidade. Isso acaba se tornando um problema enorme de relacionamento porque essa pessoa pode ser, no seu íntimo, bem diferente do que simplesmente no “parece ser”.

Quanto nos enganamos com alguém por analisarmos de modo superficial e não profundamente o seu jeito de ser? E isso é um leque bem aberto em diversas áreas da vida que pode ocasionar transtornos intransponíveis, se não sanados com o conhecimento maior da pessoa.

Conhecer além da “ponta do iceberg” vale nos mais variados aspectos da vida cotidiana, tanto pessoal quanto coletiva. E a mídia é um exemplo disso: pode mostrar apenas uma parte de uma situação referente a alguém ou destrinchar tudo, levando ao céu ou ao inferno. Levantando ou jogando no chão. E como está sendo visto pelos outros de fora?

É o mesmo que “julgar o livro apenas pela sua capa”: se é boa, incentiva à leitura e se não for convidativa, leva a recusa até de melhor observar o que pode ser algo mais profundo e tão prazeroso.

Quantas oportunidades são perdidas por um descarte prematuro de uma pessoa, produto ou situação, por não ter paciência de conhecer melhor e logo decidir por afastar-se dele ou dela.

O ser humano tende a ser muito imediatista e não querer se aprofundar num relacionamento que não pareça ser algo nada promissor, porém, agir assim sem nem ao menos dar uma chance de um melhor conhecimento pode ser uma péssima ideia.

E não cabe a nós, mudarmos essa máxima com uma atitude diferente da mais fácil, que é decidir não conhecer mais todo esse iceberg escondido abaixo do mar? Assim, é preciso saber que, com certeza, as aparências enganam como um iceberg.

Um forte abraço do Rofa! 

 

Por Rofa Rogério Araújo  –  rofa.escritor@gmail.com

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