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Narcos

Wagner Moura em mais uma versão sobre Pablo Escobar

Produção da Netflix mostra histórias da vida real dos chefões do tráfico no fim dos anos 80 e os esforços realizados pela lei para detê-los

Colunistas  –  01/09/2015 11:46

Publicada em: 27/08/2015 (12:25:15)
Atualizada em: 01/09/2015 (11:46:30)

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(Fotos: Divulgação)

Wagner Moura passou por uma transformação física e cultural
para compor o personagem; engordou 20 quilos, estudou tudo sobre
o traficante, além de ter aprendido a falar espanhol em cinco meses

 Depois de duas semanas de recesso, volto cheia de gás e na expectativa quase saltitante da estreia de "Narcos", produção original do Netflix. A série foi anunciada pelo site de streaming em 2014 e tem como um de seus protagonistas, creio que o principal, o brasileiro Wagner Moura. Moura, baiano jeitoso, é em minha opinião, o melhor ator brasileiro dos últimos 15 anos. Inclusive, foi divulgado na imprensa que Wagner Moura foi escalado pelo estúdio Metro-Goldwyn-Mayer (MGM) para o remake de "Sete homens e um destino". A escolha é principalmente pelo fato de que ele já tem uma legião de fãs na América do Sul. O ator vai interpretar Vasquez, um dos principais papéis do clássico de 1960. Denzel Washington, Chris Pratt e Ethan Hawke também estão no elenco. Ele vai longe, anote aí. 

"Narcos" foi criada pelo show runner Chris Brancato (roteirista de "Hannibal") ao lado de Adam Fierro (consultor de "The walking dead"). Na direção (dos dois primeiros episódios) e produção executiva temos o também brasileiro José Padilha, de "Tropa de elite" (2007) e "Tropa de elite: O inimigo agora é outro" (2010). Além de Padilha, temos também como produtores executivos os nomes de Eric Newman ("Filhos da esperança"), Doug Miro e Carlos Bernard ("O aprendiz de feiticeiro") e Chris Brancato. Falando em direção, Fernando Coimbra, outro brasileiro, do longa "O lobo atrás da porta", dirige dois episódios da série, o sétimo e o oitavo. Um time de peso que nos dá praticamente a certeza de um trabalho impecável. Assim espero, pois a série "Pablo Escobar: O senhor do tráfico" ou "Pablo Escobar: El patróndel mal", maior produção televisiva da história da Colômbia, exibida em cerca de 20 países, não deixou a desejar. Inclusive, o Netflix disponibilizou semana passada os 74 episódios, já exibidos no Brasil pelo canal +Globosat em 2014. Pablo Escobar, morto há quase 21 anos, é um grande mito. E curiosamente é adorado por muitos em seu país, mesmo tendo deixado um registro cruel, sangrento e trágico na história da Colômbia. Pablo na série colombiana foi personificado pelo ator também colombiano Andrés Parra, de maneira impressionante. Mas pelo que vi nos trailers do Netflix, Wagner Moura parece estar brilhante como Escobar. 

Chefões do lendário Cartel de Medellín 

Nos trailers a narração é do agente do DEA (agência antidrogas dos Estados Unidos), Stephen ou Steve Murphy, interpretado por Boyd Holbrook. Ele também é protagonista de "Narcos"’. Steve Murphy começa dizendo que quando começou seu trabalho no combate às drogas em 1979, nos EUA, a apreensão de um quilo de maconha - sim, um quilo de maconha - era motivo de festa. Já no início da década de 80 a coisa muda de figura e as apreensões pulam para cerca de 60 quilos de cocaína por dia. Ele diz em suas lembranças que no início corria atrás de hippies de chinelos. Já na década de 80 os hippies foram substituídos pelos colombianos, que não usavam chinelos e sim metralhadoras. E a partir daí Steve e seu grupo acompanharam e perseguiram os chefões do lendário e famigerado Cartel de Medellín. Entre eles, estava Pablo Emílio Escobar Gavíria. Mais conhecido no mundo todo como Pablo Escobar, o homem que, nas décadas de 70 e 80, comandou o tráfico internacional de drogas e foi um dos mais ricos e temidos do mundo. O Cartel de Medellín, sob seu comando, chegou a controlar 80% do mercado mundial de cocaína. A revista "Forbes" apontou Pablo Escobar como o sétimo homem mais rico do mundo em 1987. Ele foi o traficante mais rico da história.

Wagner Moura passou por uma transformação física e cultural para compor o personagem. Engordou 20 quilos, estudou tudo sobre o traficante, além de ter aprendido a falar espanhol em cinco meses, com aulas de manhã, tarde e noite numa universidade em Medellín, para onde o ator se mudou durante o tempo das gravações. 

Até uma bond girl está no elenco 

Além de Wagner Moura como Pablo Escobar, o elenco conta com Boyd Holbrook ("Garota exemplar") e Pedro Pascal ("Game of thrones") como os agentes reais da DEA (sigla da agência antidrogas dos Estados Unidos), Stephen Murphy e Javier Peña. Além deles, temos os atores colombianos Juan Pablo Raba ("El corazón del océano") e Manolo Cardona ("Covert affairs"), o porto-riquenho Luis Guzman ("Boogie nights"), a britância Joanna Christie e as mexicanas Ana De La Reguera ("Nacho libre") e Stephanie Sigman, que será a próxima bond girl em "James Bond, Spectre" e na série vai interpretar a jornalista e apresentadora de TV Virginia Vallejo, uma das amantes de Pablo. Na trama a personagem terá outro nome devido a implicações jurídicas. A sinopse oficial descreve que as crônicas de "Narcos" mostram as histórias da vida real dos chefões do tráfico no fim dos anos 80 e os esforços realizados pela lei para detê-los. O Cartel de Medellín envolveu não só traficantes e bandidos, mas também políticos, policiais locais e americanos, militares e muitos civis, em sua maioria vítimas.

Filmada em quatro meses com um elenco que mescla Argentina, Brasil, Chile, Estados Unidos e Colômbia, a série tem dez episódios, nesta primeira temporada. Mas entenda: não é uma série com uma versão brasileira dos fatos ou direcionada para o mercado brasileiro. É uma produção internacional, onde não se ouve o idioma português, que não seja na opção dublado. Ah, a música "Tuyo", tema da abertura de "Narcos" é cantada pelo brasileiro Rodrigo Amarante (ex-Los Hermanos). Lembrando que todos os episódios serão liberados a partir desta sexta-feira, 28, para os assinantes do Netflix. Depois disso é aguardar a segunda temporada. Até a próxima!

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