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Feitos de duas cores

Relato emocionante da modelo Adriana Benedito; objetivo é homenagear todas as pessoas portadoras de vitiligo, mostrar que elas são lindas, que podem fazer parte de publicidades e tudo o que desejarem

Colunistas  –  22/02/2020 10:04

 
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(Fotos: Divulgação)

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O vitiligo apareceu na vida de Adriana há 21 anos 

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> Feitos de duas cores (2): Relato da model Nicole Scovino

Eu amei ter a oportunidade de entrevistar essa linda modelo, que compartilhou conosco sua experiência. O esclarecimento, após uma pesquisa, para um significado detalhado do vitiligo:

O vitiligo é uma doença caracterizada pela perda da coloração da pele. As lesões formam-se devido à diminuição ou à ausência de melanócitos (células responsáveis pela formação da melanina, pigmento que dá cor à pele) nos locais afetados. As causas da doença ainda não estão claramente estabelecidas, mas fenômenos autoimunes parecem estar associados ao vitiligo. Além disso, alterações ou traumas emocionais podem estar entre os fatores que desencadeiam ou agravam a doença. A doença é caracterizada por lesões cutâneas de hipopigmentação, ou seja, manchas brancas na pele com uma distribuição característica. O tamanho das manchas é variável. O vitiligo possui diversas opções terapêuticas, que variam conforme o quadro clínico de cada paciente. O dermatologista é o profissional mais indicado para realizar o diagnóstico e tratamento da doença.

Vamos ao relato, você irá se emocionar!

Me chamo, Adriana. Minha história não é tão diferente quanto a de muitas pessoas que são portadoras do vitiligo. O vitiligo apareceu na minha pele há 21 anos, num momento tão feliz, que eu não poderia imaginar o quanto a doença me deixaria mal. Sim, me deixou péssima, eu tive depressão pós nascimento da minha filha, tive que cuidar dela querendo me esconder o tempo todo, das pessoas e do mundo inteiro.

O vitiligo não dói, não coça e não é contagioso. Mas ele fere a alma, ele dói no coração.

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“Um belo dia me olhei no espelho e consegui enxergar além de mim, consegui enxergar uma pessoa especial, que o vitiligo se tornou um pequeno detalhe para me fazer mais bela ainda”.

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Quantas coisas eu pude ouvir sobre o assunto, afinal, 21 anos atrás não tínhamos tantas informações que temos hoje. Durante 18 anos eu vivi num casulo, comigo mesma. Sair, frequentar praia, piscina, churrasco onde havia pessoas diferentes, pra mim era um tormento.

Eu tinha vergonha, eu chorava sozinha, pedia a Deus que me levasse, ao invés de ter um corpo manchando. No verão, era a época que eu mais sofria. Em pleno sol de 40°, eu colocava blusa de frio, calça comprida para me esconder, isso quando eu não cobria meu corpo de base para esconder toda mancha. Quanto sofrimento, gente, em tão pequeno detalhe. Pra quem não se aceitava, era o fim.

Isso durou anos, at? eu colocar na minha mente que eu tinha duas escolhas: Ou me aceitava como eu era, ou morria pra vida. Eu tentei me aceitar, mas é muito difícil sem ajuda de alguém... Até que um dia eu resolvi procurar ajuda, sim. E hoje existem projetos dos quais eu faço parte que me ajudaram e mudaram completamente o meu jeito de ser, meu modo de pensar.

Venho aqui hoje para agradecer à Priscila Modesto, que amou minhas fotos e me deu oportunidade de mostrar para mim mesma e para outras mulheres o quanto podemos mudar, nos aceitando e nos amando da maneira que somos e do jeitinho que "brilhamos".

Sabe por que, gente? 

Porque Deus nos fez para sermos felizes, e nos tornou especiais e únicos, da maneira que somos e do jeitinho que nos aceitamos. E, se o problema do mundo é cor, nós temos duas. 

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Por Priscila Modesto  –  priscilamodestocontatos@gmail.com

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